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Com regularização fundiária das favelas, moradores podem exigir direitos; saiba mais

Com a obtenção do título de propriedade dos imóveis, moradores dessas áreas podem exigir ainda mais seus direitos
Foto: Marlon Soares / Voz das Comunidades

A regularização urbanística e fundiária nas favelas é uma forma de o cidadão morador de favela exercer na totalidade a sua cidadania. A partir do momento que este cidadão consegue o título e se torna proprietário do imóvel em que vive, ele poderá exigir ainda mais seus direitos, usufruir dos benefícios que surgirão a partir de então. Mas também deverá arcar com seus deveres e responsabilidades.

Esse processo viabiliza o direito à moradia da população de baixa renda, ao mesmo tempo que amplia a base da cidade legal, beneficiando as famílias e a cidade que passa a ter o controle urbanístico e tributário do local. A ação permite que os moradores tenham, entre outros direitos, rua com endereço oficial, imóvel para referências de crédito em instituições bancárias e comerciais, cadastro no IPTU, imóvel reconhecido administrativamente e atendido pelos serviços da prefeitura. A ação coordenada pela Secretaria Municipal de Habitação alcança as favelas, loteamentos inscritos no Núcleo de Regularização da Prefeitura, reassentamentos e conjuntos habitacionais – regiões de baixa renda declaradas Áreas de Especial Interesse Social (AEIS).

A titulação dos moradores se dá através da emissão de documentos que abrangem concessão do direito real de uso, concessão de uso especial para fins de moradia, termo de compra e venda e o título de legitimação da posse. Para as ações de usucapião e os registros do título de compra e venda dos moradores de loteamentos, a Gerência de Regularização Urbanística e Fundiária encaminha os documentos à Defensoria Pública.

A regularização fundiária passa por etapas que abrangem a pesquisa fundiária, a topografia da área beneficiada, o cadastro dos lotes e das edificações, o cadastro socioeconômico da população, a elaboração dos projetos de legalização e a titulação dos moradores.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Habitação coordena um processo pioneiro na regularização fundiária da Rocinha. O trabalho está sendo desenvolvido em parceria com a Fundação Bento Rubião. A experiência é o projeto-piloto da aplicação da Lei Federal 11977/09 que criou o Programa Minha Casa Minha Vida que permite que os órgãos públicos realizem o procedimento sem precisar recorrer à Justiça. Os imóveis, incluindo o terreno, não podem ter mais de 250 metros quadrados, não podem estar em área de risco ou de proteção ambiental e o morador deve ocupar o imóvel há pelo menos cinco anos, sem pagar aluguel. 

É importante ressaltar que se o morador consegue tal regularização do seu imóvel ele conseguirá empréstimos em instituições bancárias, dando seu imóvel como garantia, conseguirá receber suas compras e encomendas em sua residência (geralmente os moradores precisam buscar esse itens na sede das Associações de Moradores) e poderá exigir que todos os serviços públicos sejam executados no entorno da sua residência. 

No entanto, é bom ficar ciente que também terá de arcar com todos os custos embutidos nesses serviços (impostos) ficando sob risco de ter todos os serviços interrompidos (fornecimento de água e luz) e que também terá seu nome incluído na lis ate maus pagadores (no caso dos impostos como IPTU) o que poderá ter como consequência a perda do imóvel (que poderá ir a leilão para quitação dos débitos).

Para maiores informações é necessário entrar em contato com a Associação de Moradores Local, com a Secretária Municipal de Habitação do Município do Rio de Janeiro e com o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (ITERJ).

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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