Foto: Governo Federal / Divulgação
Nos últimos anos, as residências das famílias que moram nas comunidades do Rio de Janeiro receberam a companhia certa da crise financeira no cotidiano dos seus lares.
Com o aumento frequente de preços em itens essenciais do Brasil, como energia elétrica e cestas básicas, os moradores de favela são o público que mais sofre com os impactos nas finanças. E, a partir desta quarta-feira, 1 de setembro, eles terão mais uma preocupação no seu bolso: o reajuste de 7% no valor do gás de cozinha.
Para Lurdes de Oliveira Resende, de 41 anos e moradora do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, a situação tem sido desgastante com as alterações no preço do botijão de gás, pois a imprevisibilidade no gasto dificulta o seu planejamento financeiro. Atualmente, ela paga 85 reais pelo produto. “Eu tenho uma bebê de 1 ano e dez meses e uso bastante gás de cozinha para preparar a comida aqui em casa. O valor tá caríssimo e não para de subir”, comenta.
Para a dona de Casa Cláudia Oliveira, de 62 anos, moradora da Vila Cruzeiro, também na Zona Norte, o aumento constante no valor de um item essencial sempre afeta, no final, o bolso das pessoas mais vulneráveis financeiramente. “É um absurdo essa mudança de preço! Tem vezes que vou comprar e nem sei se tenho dinheiro porque pode ter mudado o valor de novo. Já estamos em meio a uma pandemia, que fez muita gente perder o emprego ou se reinventar, e agora temos que lidar com mais isso”, lamenta ela.
De acordo com o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP (Sindvargas ), do Distrito Federal (DF), a nova mudança no preço do gás de cozinha não partiu da Petrobras, como nas vezes anteriores, mas sim, das distribuidoras.
Além disso, o novo valor visa cobrir as altas de custos decorrentes da inflação e o reajuste salarial dos funcionários. Em nota, o Sindivargas compartilhou que a alteração tem por objetivo manter o serviço de excelência, prezando a qualidade e garantia ao consumidor.