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A história por trás da Estátua da Liberdade da Vila Kennedy

Estátua fica localizada na praça Miami na VK e foi idealizada pelo próprio artista que criou a original em Nova York

Um dos monumentos mais conhecidos no mundo é a Estátua da Liberdade, que fica em Nova York, Estados Unidos. Você deve ter visto na TV, em fotos ou já teve a oportunidade de vê-la pessoalmente. Logo, deve saber bem como é um símbolo importante para os americanos, assim como o Cristo Redentor é para os moradores do Rio.

Para quem ainda não teve a oportunidade de ir à Nova York, uma dica: Na comunidade da Vila Kennedy, localizada a beira da Av. Brasil, zona oeste do Rio, é possível conhecer um dos protótipos da obra original feito pelo artista Frederic Auguste Bartholdi. Inclusive, possui a sua assinatura. A estátua fica exatamente no meio da praça Miami, na VK.

O monumento, que foi presente da França para os Estados Unidos, antes de ser feita em tamanho grande, foi produzida, algumas vezes, em tamanho menor. Uma delas é essa que se localiza na comunidade e a outra se encontra hoje em frente ao senado francês em Paris.

Não se sabe exatamente quando a escultura chegou ao Brasil, mas sabe-se que ela foi recebida pelo comendador José Pereira da Rocha Paranhos, que era parente do Barão de Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos. Porém, não há registros. 

Quando a família Paranhos se desfez de sua propriedade, a estátua foi doada ou vendida ao antigo Estado da Guanabara e o então governador, Carlos Lacerda, ao saber da sua existência, decidiu usá-la para homenagear os EUA pelos recursos recebidos na época. Naquele período, nascia a comunidade da Vila Kennedy, que se chamaria Vila Progresso inicialmente, durante uma política de remoção de favelas. E, com isso, a obra de arte foi colocada na principal via de acesso: a praça Miami. 

Segundo o historiador e guia de turismo, Alex Belchior, morador da VK, o monumento teve duas restaurações: em 1964, a pedido do Governador Carlos Alencar, antes de chegar na comunidade, e em 2014. De lá pra cá não houve mais nenhuma manutenção. Infelizmente, o monumento feito de zinco se encontra sujo e com a lâmpada da tocha queimada. Seria muito bom se os órgãos responsáveis pudessem cuidar com carinho dessa obra que faz parte da história dos EUA, mas também da cidade do Rio e da comunidade da Vila Kennedy.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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