NASA NÃO usará satélite infravermelho para medir temperatura da população
Circula nas redes sociais uma publicação que afirma que a NASA, a agência espacial norte-americana, iria utilizar um “satélite infravermelho” para “medir a temperatura corporal de toda a população” e
Circula nas redes sociais uma publicação que afirma que a NASA, a agência espacial norte-americana, iria utilizar um “satélite infravermelho” para “medir a temperatura corporal de toda a população” e “mapear a taxa de contaminação da Covid-19”. A informação é falsa. É possível desconfiar do conteúdo dedo à continuação do texto. “É muito importante que você esteja todo nu do lado de fora da sua casa, na sua varanda, no jardim ou em frente à porta de entrada. Enquanto segura o seu RG na mão direita”. Há relatos na internet de que essa mensagem, disfarçada de notícia, surgiu como uma ideia para brincar com as pessoas – principalmente pelo fato de terem de aparecer nuas na frente de casa.
Essas mensagens ainda estão sendo disfarçadas de notícias. O texto vem sendo colocado junto a imagens simulando a aparência de famosos sites de notícias, como o G1.
Os satélites dos quais se fala na publicação, de fato existem e captam ondas infravermelhas (uma região no espectro da radiação eletromagnética), que, realmente, podem ser emitidos pelos objetos sob a forma de calor. Mas os satélites infravermelhos servem para captar a radiação emitida pelas nuvens, água ou pela superfície da Terra. Ou seja, não servem para medir a temperatura corporal dos humanos. Não é esse o seu objetivo.
Essa radiação pode ser usada para estudar mudanças na temperatura da terra, da atmosfera e do mar, permitindo vigiar as alterações climáticas, antecipar fenômenos meteorológicos (como o El Niño, por exemplo) ou monitorizar incêndios florestais. É para apenas esse fim que os satélites infravermelhos da NASA são utilizados. Eles não são utilizados para medir a temperatura corporal das pessoas a partir do espaço.
Além disso, nenhuma autoridade de saúde informou à população sobre tal medida.