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É FALSO que o governo lançou cartão “Minha Erva, Minha Vida” e liberou maconha

A decisão do STF em descriminalizar o porte de maconha para usuários está gerando diversas discussões na internet. Muitas pessoas de bandeira mais conservadora estão apontando que a decisão fez

Imagem: Reprodução

A decisão do STF em descriminalizar o porte de maconha para usuários está gerando diversas discussões na internet. Muitas pessoas de bandeira mais conservadora estão apontando que a decisão fez com que a maconha fosse liberada no país. Para além disso, postagens apontam que há um cartão lançado pelo governo chamado “Minha Erva, Minha Vida”.

Não demorou para a história circular na internet. Por isso, esclarecemos três perguntas sobre o caso.

Qual foi a decisão do STF em relação à maconha?

A decisão do plenário do STF finalizou uma ação que já durava nove anos na corte. Ela descriminalizou (deixou de ser um crime) o porte de maconha em até 40 gramas ou seis plantas fêmeas considerados para consumo pessoal. A partir de agora, pessoas que se encaixem nestas condições não irão responder criminalmente.

A decisão legaliza o uso da maconha no Brasil?

Não. Além de garantir a apreensão da droga, mesmo que para uso pessoal, a decisão permite que haja abordagem dos usuários para pesagem da droga e o usuário poderá será notificado para comparecer à Justiça.

Além disso, a venda da droga continua sendo um crime. Neste caso, se houver indícios de que a droga, mesmo que não atinja 40 gramas, esteja sendo utilizada para venda, a pessoa pode ser presa em flagrante. Ou seja: não está liberado sair comprando (e nem há venda legal) ou usando maconha por aí.

O governo lançou um cartão chamado “Minha Erva, Minha Vida”?

De forma alguma. O que está circulando não passa de uma montagem com um cartão do programa social Minha Casa, Minha Vida. Como o uso da droga continua sendo ilegal, não há a mínima chance de um programa como este se tornar real.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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