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Promissores campeões, jovens atletas do Complexo do Alemão criam campanha para lutar campeonato mundial de jiu-jitsu em Dubai

Ana Carolini e Gabriel praticam jiu-jitsu há 2 anos e sonham com medalhas na competição que acontece em novembro
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Todos nós temos metas e objetivos. Mas nada consegue ser maior do que um sonho. E os maiores representantes do nosso sonho na Terra, somos nós mesmos. Os sonhos de Ana Carolini, de 13 anos, e Gabriel Liberato, de 12, ambos atletas de jiu-jitsu do Complexo do Alemão, envolve muitos desafios. E é nessa trajetória que a dupla chegou um dos maiores momentos do esporte: lutar no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, em Dubai. E para levantar vôo e trazer o ouro para o Rio de Janeiro, Ana Carolini e Gabriel criaram vakinhas online para embarcar nessa viagem.

Com 13 anos, Ana Carolini ostenta medalhas que cintilam no poente do Complexo do Alemão e já decorou sua pose de campeã. A menina que ingressou no jiu-jitsu em 2022, conta que sempre se destacou no esporte. “Sempre recebi elogios. Nunca dei mole no treino nem tomei sermão do professor. Sempre me destaquei em campeonatos”.

Ela revela que, antes, não competia por medo de não ganhar. Mas o medo se tornou algo tão pequeno para ela que, mesmo ficando em segundo lugar nas competições, a atleta nunca pensou em desistir do esporte. Focada, ela revela: “Estou treinando bastante e focando na alimentação. Minha mãe está correndo atrás para a gente conseguir a passagem que é bastante cara. Já pegamos o passaporte e está dando tudo certo. Depois que conseguirmos o dinheiro, é só ir. E me esforçarei bastante para ser campeã”.

“Jacaré”. Isso que está escrito nas costas do kimono de Gabriel. E a mãe revelou que o nome vem das roupas da marca Lacoste que o garoto ama. Mas não mais do que suas medalhas que também brilham diante dos raios de sol do CPX. Mesmo com os seus 12 anos (sendo os últimos 2 como lutador de jiu-jitsu), Gabriel já descreve uma trajetória imensa como atleta. “Eu comecei em abril (de 2022). Vi o esporte na Praça da Vivi (Complexo do Alemão), falei com o meu padrinho Edu. Entrei e comecei a me dedicar”.

Foi a partir daí que o garoto levantou títulos no esporte. “Ganhei os primeiros campeonatos que disputei. Em alguns em não consegui. Mas faz parte, né? A vida é isso, não é só ganhar. Mas a gente sempre vai atrás”. Gabriel conta que adora treinar jiu-jitsu porque o deixa focado em objetivos e o desliga das preocupações do mundo. “Quando eu treino, eu perco a noção do tempo. O jiu-jitsu me entrega isso. Não é só ficar jogando bola ou ficando na rua. O esporte que me concentra e que me abre oportunidades”, finaliza.

Pais corujas que correm atrás dos sonhos dos seus filhos

A pauta sobre a dupla chegou até a redação do Voz das Comunidades pelo esforço de Geisi Carolini, mãe de Ana Carolini. Com o sonho de ver o sucesso da filha no esporte, Geisi expressa o quanto de felicidade sente pela filha. “Para mim está sendo um motivo de muito orgulho ser mãe da Carolini e ver ela, o quanto ela está se esforçando para ser uma boa esportista. A gente está torcendo por ela. Estou correndo muito atrás. A gente sabe que não é fácil, os campeonatos são muito caros, e agora veio esse internacional. Mas eu creio que a gente vai conseguir”. O pai, Victor Nogueira, não fica atrás quando fala da filha. “Nossa princesa tá dando esse orgulho imenso pra gente já há bastante tempo. Ela se esforça bastante. Eu torço sempre por ela e rezo que tudo dê certo”.

Sara Venâncio, mãe de Gabriel, também torce pelo sucesso do filho e está fazendo de tudo para que o garoto possa disputar o campeonato em Dubai. “Está um pouco difícil, mas eu creio que a gente vai conseguir. Chegaremos lá. É maravilhoso ver o meu filho indo cada vez mais alto e cada vez mais longe. A felicidade do meu filho é a minha também”.

As mães Geisi (esq) e Sara (dir) orgulhosas ao lado de seus campeões
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

PIX e Vakinha online

Graças a um patrocinador do Maré Top Team (academia onde a dupla treina), os custos de alimentação e hospedagem estão garantidos. O que eles estão correndo atrás é no custo de passagem para Dubai, onde acontecerá o campeonato. Para isso, as famílias de Ana Carolini e Gabriel estão com campanhas de arrecadação.

Ana Carolini recebe ajuda através da chave PIX 219.096.147-50 (A chave é da própria atleta. A conta é no PicPay). Já a vakinha online de Gabriel está disponível no link https://www.vakinha.com.br/5080997.

Para conhecer o trabalho de ambos os atletas, basta visitá-los no Instagram. Ana Carolini está no perfil carol souza💓 (@carolzinhaa.bjj) • Fotos e vídeos do Instagram e Gabriel no Gabriel Liberato (@jacarebjjmtt) • Fotos e vídeos do Instagram

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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