Com raízes conectadas com o Nordeste do país, mais especificamente no Maranhão, o projeto Capoeira do Vidigal desenvolve crianças, adolescentes e adultos através da capoeira, uma arte marcial afro-brasileira que mistura dança e música em forma de esporte. Ministrada há 11 anos pelo Mestre Messias Nogueira Freitas, de 40 anos e morador da favela da zona Sul, a iniciativa realiza aulas às terças e quintas das 18h às 19h para o público infantil e das 19h às 21h para a turma dos jovens e adultos, na Associação dos Moradores do Vidigal.
Para Messias, a capoeira é um espaço que possibilita a troca de conhecimento e desenvolvimento do coletivo, pois é uma modalidade esportiva que não tem como ser praticada sozinha. Além disso, cultiva um laço de confiança e respeito ao próximo, dois fatores importantes do cotidiano das comunidades cariocas. Treinado por seu pai e também mestre, Índio do Maranhão, o professor trabalhou por 10 anos no Nós do Morro ensinando afro dança e capoeira para atores e atrizes.
“A capoeira é uma arte marcial, mas também é muita coisa. Ela ensina disciplina, respeito, coletividade, confiança e muito mais. Além disso, os alunos do nosso projeto também demonstraram uma melhora no desempenho escolar”, destaca o Mestre.
Com sede principal do projeto no Maranhão, o Capoeira do Vidigal atua também na comunidade Chacrinha do Céu e na Rocinha, onde possui uma turma para a terceira idade. Por decorrência da pandemia, as atividades com essa faixa etária estão paradas. “A nossa ideia é expandir para o máximo de comunidades possíveis e depois nacionalmente. Acredito que a capoeira é um agente de transformação social muito forte”.