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Direto do nordeste, moradora monta barraquinha típica de festa junina no Vidigal

Maria da Graça, de 50 anos, apresenta um cardápio típico de uma das culturas populares mais queridos no país
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

No Brasil, a tradição das festas juninas se tornou uma das festividades mais amadas e esperadas durante o ano pela população brasileira. Junto com a chegada deste período, é muito comum a organização de eventos e atividades relacionadas a esta cultura popular que possui raízes diretas com a história do nordeste. Entretanto, no sudeste do país, mais especificamente na favela do Vidigal, na Zona Sul, a moradora Maria Graça, de 50 anos, e natural da Paraíba, trouxe para dentro da comunidade as comidas típicas e jeitinho único do preparado à população local. 

Há dois anos, os moradores do Vidigal comem pratos típicos de festa junina na barraquinha da Maria Graça
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades.

Mesmo residindo longe da Paraíba há 20 anos, Maria não esqueceu das raízes nordestinas que possui e, há dois anos, resolveu montar a sua barraquinha de comidas típicas da região em frente à Associação dos Moradores do Vidigal. Ao lado do seu marido, Arlindo Dionísio, de 50 anos, ela vende de segunda a segunda pamonha, milho e canjica. De acordo com ela, esse clima frio na cidade aumenta o número de pedidos. “Eu trabalho aqui de segunda a segunda, das 8h às 22h. Como eu e meu marido temos outras demandas também, dividimos o expediente. Temos pamonha, milho cozido ou assado e canjica. Os preços variam de 3 a 6 reais”, comenta Maria Graça.  

Orgulhosa com o sucesso da sua barraquinha, a empreendedora deseja aumentar os produtos típicos vendidos. “O pessoal gosta bastante, né? É minha barraquinha, bem pequena e bonitinha, mas é minha”, almeja.

 O casal atende das 8h às 22h, em frente à Associação dos Moradores do Vidigal.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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