A pandemia do Covid-19 mudou o jeito de viver de toda a população e muitos costumes foram deixados de lado. Entretanto, a produção de arte segue a todo vapor nas favelas do Rio de Janeiro e, através da coluna Voz em verso, traremos poesias de artistas da favela aos domingos.
Na sétima semana de poesia, o convidado é o Jonas di Andrade. O jovem de 26 anos é ativista social, professor no pré-vestibular Nica Jacarezinho, graduado em Letras pela UFRJ, escritor e voluntário no Voz das Comunidades.
Olhos me vigiam
Devoram por onde passo
Há a cada passo
AlvoHomens fardados
São orientados
Armados
A mi observarLiberdade?
Prisão
Visto como ladrão
Mas quem roubara quem
Na colonização?Sem terra
Olhares brancos – Jonas di Andrade
Sem lar
Sem ar…
Onde deveria estar?
Mãe, minha Mãe África