As favelas do Rio de Janeiro enfrentam uma dura realidade em 2023, à medida que o número de escolas e unidades de saúde fechadas devido à violência supera os registros do ano anterior. De acordo com os balanços das Secretarias municipais de Educação e Saúde, a escalada da violência tem causado prejuízos significativos para estudantes e usuários do serviços públicos de saúde, refletindo-se em um cenário alarmante.
Até o dia 2 de outubro deste ano, 500 escolas municipais tiveram que suspender suas aulas pelo menos uma vez devido a tiroteios, resultando em 2.259 fechamentos e afetando diretamente 176 mil estudantes. Em comparação, em 2022, 405 escolas enfrentaram a mesma situação, resultando em 2.128 fechamentos e 160 mil alunos prejudicados.
No setor de saúde, a situação é igualmente preocupante, com 639 fechamentos totais de unidades em 2023, contra 368 em 2022. Quando somados os fechamentos parciais de clínicas e a interrupção de atendimentos em residências, o total de ocorrências saltou de 1.301 no ano passado para 2.402 neste ano.
As operações das polícias Militar e Civil na Maré, por exemplo, resultaram no fechamento de 13 unidades de saúde, impactando diretamente pacientes que necessitam de cuidados médicos. Além disso, dois colégios estaduais que atendem 800 alunos suspenderam suas aulas. Na rede municipal de ensino, 41 escolas foram forçadas a fechar suas portas, afetando 13.946 estudantes.