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‘Ver esse legado vivo de novo é muito emocionante’; Casa de Jongo da Serrinha é reaberta com programação especial

Fechada há mais de quatro anos, a Casa abriga uma quadra, salas de aula, cozinha, além de uma área dedicada à memória dos seus fundadores.
Foto: Renan Areias / Agencia O DIA

O berço da cultura e tradição afro do Rio está novamente de portas abertas. A Casa do Jongo da Serrinha voltou a receber seu povo na manhã do último domingo (1), durante a reabertura do espaço. O galpão, que abriga uma quadra, salas de aula, cozinha, além de uma área dedicada à memória dos seus fundadores, foi reformado depois de estar mais de quatro anos de portas fechadas. O local estava fechado desde a pandemia de Covid-19, em 2020.

Para Deli Monteiro, matriarca da Casa e neta de Tia Maria, uma das fundadoras da casa do Jongo, foram dias de muita tristeza ficar todos esses anos com a casa fechada. “Para todos nós do Jongo da Serrinha foi muito triste passar pela porta e ver tudo fechado. Um lugar que era de festa, de alegria, sem poder abrir por causa da pandemia. Ainda perdemos muitos na pandemia. Ver essa abertura hoje, para mim, é uma alegria imensa”, comemorou Deli.

Logo às 9h da manhã, uma prece foi realizada na quadra da casa. Parte da programação de reinauguração do espaço, que contou também com um cortejo que começou às 10h na esquina da Avenida Ministro Edgard Romero com a Rua Compositor Silas de Oliveira, onde fica a Casa do Jongo da Serrinha. A caminhada foi feita ao som da bateria do bloco Cordão do Boitatá, que fez parte da festa de reabertura. Ao fim do trajeto, já na porta do espaço, uma roda de capoeira foi aberta e acompanhada de perto pelos visitantes do jongo.

Foto: Renan Areias / Agência O DIA

O secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero, esteve presente na reinauguração. “Primeiro falando da importância da Casa do Jongo, que é o lugar onde é cultivada, celebrada e passada para as próximas gerações. É a memória dessa manifestação cultural que tem tudo a ver com a nossa história, com a história da nossa cidade e da população negra que construiu essa cidade. É o protagonismo negro”, pontuou.

Foto: Renan Areias / Agência O DIA

Os deputados federais Henrique Vieira (PSol) e Jandira Feghali (PCdoB) também participaram do evento de reabertura do espaço. A parlamentar, inclusive, foi uma das responsáveis por emendas que permitiram a realização das obras no local.

Para Ivo Mendes, vice-presidente da Casa do Jongo da Serrinha e filho de Tia Maria, uma das principais matriarcas da história do espaço, a reinauguração é uma oportunidade de manter o legado de todos que vieram antes. “Estive aqui por muito tempo, quase toda minha vida na verdade, acompanhando a minha mãe à frente da casa. Ver esse legado dela vivo de novo é muito emocionante. Chego a ficar emocionado só de pensar nisso”, diz Ivo.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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