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V Prêmio EMERJ Direitos Humanos homenageia Renê Silva e Tuany Nascimento pelos trabalhos desenvolvidos no Complexo do Alemão

“Nossos direitos, nosso futuro, agora” é o tema selecionado em 2024 para celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos
Renê Silva e Tuany Nascimento, ativista e fundadores de projetos sociais no Complexo do Alemão. Foto: Vilma Ribeiro/Voz das Comunidades

Na última terça-feira (10), às 18h, a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) deu início à quinta edição do Prêmio EMERJ Direitos Humanos. A cerimônia homenageou dez personalidades de destaque nacional por seus feitos humanitários e de promoção aos direitos humanos.

O evento foi realizado no Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos e ocorreu no Plenário do Auditório Histórico do I Tribunal do Júri do Museu da Justiça, com transmissão ao vivo e tradução em Libras. Também o espetáculo de dança de bailarinas do projeto “Na ponta dos pés”.

A ONU destacou o lema “Nossos direitos, nosso futuro, agora” para este ano. Na abertura da premiação, o desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo enfatizou a relevância do Dia Internacional dos Direitos Humanos: “Nos lembra da importância da dignidade, liberdade e justiça para todos, sem exceção”, manifestou o excelentíssimo. Ele afirmou que o prêmio homenageia dez personalidades brasileiras que se destacaram em 2024 na defesa dos direitos humanos e elaborou sobre a importância do reconhecimento dessas atuações. Além disso, o desembargador fez um convite a todos para refletir sobre os desafios e a necessidade de participação ativa na luta contínua por um mundo mais justo e igualitário.

Homenageados

Os selecionados da noite, foram eles: o Amir Haddad, diretor teatral e fundador do Grupo Teatral “Tá na Rua”; Tia Surica, cantora, presidente de honra da GRES Portela e madrinha do “Projeto Portela Responsabilidade Social”; Bia Miranda, artista plástica, presidente da Associação “Fome de Arte”, servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ); juíza Elen de Freitas Barbosa, coordenadora do “Programa Flor de Lótus”; Frei Franciscano e fundador do “Educafro”; Lúcia Xavier, assistente social e fundadora da ONG “Criola”; Ketlin Feitosa, consultora em Gestão Socioambiental e idealizadora da Campanha “Consumo Consciente – Gestão mais Racional”; padre Júlio Lancellotti, sacerdote católico e colaborador do Projeto “Morar Primeiro”.

Em destaque, os projetos desenvolvidos no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, como a ONG Voz das Comunidades e o projeto de dança “Na Ponta dos Pés”. Ambos foram premiados e realizam atividades em territórios favelados, com propósito transformar e impactar a vida dos moradores.

Renê Silva, ativista e fundador do Jornal “Voz das Comunidades”, foi premiado. A entrega do troféu foi realizada pelo desembargador Claudio Luis Dell’Orto. O discurso para receber a premiação passou por toda sua trajetória de vida e luta por dignidade para o seu território, reconhecendo as potências que vivem no Morro do Adeus, Zona Norte do Rio. Ao agradecer, o ativista, dedicou o prêmio a todas as favelas, que mesmo tendo inúmeras dificuldades dentro do território, enfrentam os desafios com coragem e garra. E desejou que daqui em diante, nenhuma voz seja silenciada.

Rene Silva apontou. “Essa conquista não é uma conquista individual, é uma conquista coletiva. Esse prêmio simboliza a nossa luta por direitos, dignidade e igualdade para todos. Reforça, ainda, a importância de uma sociedade em que nenhuma voz seja silenciada e que todos tenham a oportunidade de viver com respeito, liberdade e acesso às condições básicas para uma vida digna”.

Tuany Nascimento, bailarina e fundadora do Projeto “Na Ponta dos Pés”, recebeu o prêmio do desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo. Ao receber o reconhecimento, a artista fez uma declaração em forma de música, cantando à capela a canção “Nasci Preto, Nasci Pobre”, interpretada por Everson Roriz. Além disso, reforçou sua multiplicidade, explicando que ela é formada por tantas mulheres que vieram antes dela e a acompanham: sua mãe, suas irmãs.

A artista também expressou sua alegria por representar tantas pessoas importantes e destacou o seu projeto social de dança e cultura da favela. “Esse projeto é o que ele é hoje graças a muitas mãos femininas. O projeto representa muitas pessoas. Esse prêmio é por essas meninas que me fazem levantar todos os dias para ensinar o pouco do que eu sei e talvez deixar uma trajetória menos dolorida do que a minha.“

Para encerrar a cerimônia, o Desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, pediu a secretária-geral da EMERJ, Gabriela da Silva Rafael Carneiro que estava conduzindo as apresentações musicais no evento, para que homenageasse as crianças e adolescentes do projeto “Na Ponta dos Pés” para mostrar a possibilidade de um futuro melhor e ao som de “Sonho Meu” de Dona Ivone Lara finalizou a noite.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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