Giovanna Teixeira Marvães, aos 12 anos, carrega no olhar o brilho de uma estrela ainda anônima do Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Desde os seus primeiros passos no teatro, aos 4 anos, na Escola de Teatro Rogéria Capetine, em Copacabana, Zona Sul da cidade, sua jornada é uma sinfonia de paixão e determinação.
Nascida e criada na primeira favela do Brasil, Giovanna encontrou no teatro não apenas um refúgio, mas um caminho para transformar sua realidade. E essa trajetória tem como apoio fundamento duas pessoas: Paulo e Klegnir, seus avós, com quem mora.
Eles investiram no sonho porque acreditavam em seu pontencial. Ela não decepcionou. O curso que iniciou como um custo se transformou, há dois anos, em uma bolsa de estudos integral para a pequena grande atriz que hoje é como um braço direito de sua professora nas aulas.
“Meu sonho é fazer muito trabalhos, me aperfeiçoar e aparecer nas telinhas. Acho que consigo trazer um pouco de arte para a vida das pessoas”, afirma. Ela compartilha ainda que um gênero que a desafia é o drama. Um desafio bem atual, já que irá interpretar Julieta, do clássico de Shakespeare, na escola de teatro da qual faz parte.
Giovanna já interpretou a corajosa Nala em ‘O Rei Leão’, o entusiasmado Zip em ‘A Bela e a Fera’, e a assustadora Mãe Fantasma em ‘Pluft’. Com uma admiração especial por Juliana Paes, ela busca inspiração não apenas em seus talentos, mas na humildade que transborda para além dos seus papéis. “E também a Fernanda Montenegro. Acho que assisti todas as novelas que ela fez!”, reforça.