Pesquisar
Close this search box.

Sambistas crias de comunidade reinam à frente das baterias de escolas de samba

Neste Carnaval, das 12 escolas de samba do Grupo Especial, seis vão desfilar com rainhas que são crias de comunidades
(Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)

Samba no pé e carisma são quesitos para reinar à frente do coração de uma escola. A faixa de rainha de bateria é muito disputada entre as celebridades e um sonho para as meninas que desfilam desde a infância. Em algumas agremiações, as passistas crias da comunidade são as escolhidas para assumir esse posto.

Neste Carnaval, das 12 escolas de samba do Grupo Especial, seis vão desfilar com rainhas que são crias de comunidades e uma delas é a Imperatriz Leopoldinense. Moradora do Complexo do Alemão, Maria Mariá estreia como rainha à frente da Swing da Leopoldina. A jovem confessa que foi pega de surpresa com o convite, mas afirma estar realizando um sonho aos 20 anos de idade.

Atleta e estudante de Comunicação Social, Maria desfilava há 4 anos na ala das passistas
(Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)

A Acadêmicos do Vidigal, escola do Grupo 1, também escolheu uma “rainha raiz”. Nascida e criada na favela da Zona Sul, Jaqueline Sales, 49 anos, cresceu desfilando na verde e branca, já foi diretora da ala das passistas e da ala das crianças. Este ano, ela foi convidada para ser rainha de bateria e encara os comentários preconceituosos sambando na cara da sociedade.

Membros da presidência da escola afirmam que Jaqueline sempre teve potencial para estar à frente da bateria
(Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)

“Pra mim ser rainha de bateria não tem que ter um corpo perfeito, a pessoa precisa representar sua agremiação e ter o samba no pé. Isso eu posso falar com todas as letras, eu tenho. Não sou siliconada, mas em samba no pé eu me garanto”, afirma.

As sambistas ressaltam a responsabilidade de representar a comunidade e de se tornar inspiração. Para a nova geração que está começando no mundo do samba e passistas que sonham ser rainha, Maria e Jaqueline enfatizam que é importante correr atrás dos objetivos e acreditar. “A gente pode se inspirar em casos reais, ser exemplo para quem vier e respeitar quem veio antes para que isso pudesse acontecer. Nada é impossível, é só não deixar de crer nas possibilidades da vida”, diz Maria.


Reportagem produzida para o jornal impresso do Voz das Comunidades
Texto: Amanda Botelho | Fotos: Selma Souza

Compartilhe este post com seus amigos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
jojobetCasibom GirişDeneme Bonusu Veren SitelercasibomMeritking Girişholiganbet girişcasibom girişdeneme bonusugrandpashabet girişbahsegel girişcasibombaywin girişMARSBAHİSMARSBAHİS GÜNCEL GİRİŞcasibom

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

Contato:
[email protected]