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Saiba quem constrói o F20, o movimento que põe a ‘Favela no Debate Global’

Organizado em diferentes Grupos de Trabalhos (GT), o F20 amplia sua voz somado aos facilitadores e aos conselheiros da iniciativa
Lideranças do F20. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

Por dentro do F20! As lideranças comunitárias Renê Silva, Erleyvaldo Bispo e Gabriela Santos juntamente com a organização do Voz das Comunidades, estão alinhando pautas em debates com diferentes lideranças comunitárias de várias favelas do Rio e também, nacionais e internacionais. E mediante, as soluções e iniciativas que surgirem dos encontros promovidos pelo F20 serão encaminhadas ao debate nos dias 14 e 16 de novembro, na Cúpula Social do G20.

Veja como funciona o F20:

Os Grupos de Trabalho (GT) trazem cinco temas aos debates com pesquisadores, trabalhadores e lideranças comunitárias que se desenvolva numa área específica. Por exemplo: combate à Fome, são chamados representantes deste assunto e de dentro das comunidades para palestrar no F20. Os GTs (Grupos de Trabalho) são divididos em: Combate às Desigualdades, Pobreza, Fome e Promoção da Saúde Mental; Combate a crise climática e promoção da transição energética justa; Acesso à água potável, saneamento básico e higiene pessoal; Transformação, inclusão digital e cultural; por último, Combate a risco de desastres naturais.

Erleyvaldo Bispo, organizador do F20, ao lado da idealizadora Gabriela Santos, explica porque alguns temas tiveram destaques como Grupo de Trabalho: “Os grupos de trabalho do F20, eles foram direcionados para o que a favela necessita de avanços dentro do que o G20 vem debatendo. Por exemplo, dentro do combate, desigualdade, a fome no G20, um subtópico, a questão da falta do acesso à água. Só que entendemos que a água é muito valorosa e é importante dar essa visibilidade, então fizemos uma mudança no aspecto e colocamos como agenda prioritária para o F20. E a partir disso foi onde a gente entendeu a dinâmica dos grupos de trabalho que serão entregues não somente ao governo federal brasileiro, mas também entregues a outras lideranças internacionais que fazem parte da cúpula do G20”, esclarece a liderança do F20 sobre o GT com o recorte de favelas.

Erleyvaldo Bispo é um dos organizadores do F20
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

O GT Combate a crise climática e promoção da transição energética justa, tem como uma das responsáveis, a ativista Kayá, moradora da Maré, residente no comitê do G20 e mostra o impacto da Favela em Debate Global. “A gente quer continuar pertencendo ao território de uma forma mais saudável, com mais justiça climática, e distanciando do racismo ambiental inserido na nossa realidade. Então, quando a gente fala de favela, estamos falando de um conjunto de negligências e atravessamentos. Quando falamos de mudanças climáticas, a gente não tá só falando de andar menos de carro ou, por exemplo, plantar mudinhas. A gente tá falando de projeto de urbanização, a gente tá falando de adaptação de cidade”, elabora Kayá maneiras saudáveis de diminuir as mudanças climáticas em territórios vulneráveis.

Kayá é ativista climática. Foto: Uendell Vinícius/Voz das Comunidades

Os Facilitadores do F20

A Kayá é co-facilitadora do Grupo de Trabalho Combate a crise climática e promoção da transição energética justa e representa as discussões importantes do GT. Os facilitadores em grupos de trabalho são pessoas que ajudam a equipe a trabalhar de maneira mais eficiente e produtiva. Eles são considerados os líderes do GT, e têm o papel de guiar o grupo para que todos possam contribuir de forma organizada e colaborativa. O papel principal deles no F20 é organizar as discussões e planejar as reuniões meio que garantindo que pontos importantes sejam abordados, são responsáveis por criar agendas e apresentar tópicos relevantes.

Os Conselheiros do F20

Pedro Portugal é publicitário e compõe o quadro de conselheiros do F20. Ao todo, são oito conselheiros: Daiane Mendes, Raimundo Quilombola, Nina Dahora, Ciro Brito, Gustavo West, Luana Genót e Luise Valentin. Portugal explica a função do Conselheiro no F20: “A minha contribuição dentro do F20 está bem pautada na análise do discurso, na construção de um discurso, e na construção de uma identidade visual. Por exemplo, colaborei fazendo a marca do evento, a marca F20, foi eu que fiz. E aí, além disso, os conselheiros servem literalmente para aconselhar. Então, a definição de Grupos de Trabalho (GT) depois das inscrições recebidas foram analisadas pelos conselheiros. Então, é um grande bate-papo e um grande conselho para cartas da mídia. Pra gente ver onde o evento consegue chegar e onde é que a gente consegue ampliar. Os conselheiros têm uma função de ampliar a voz do evento também”, detalha a importância dos conselheiros do F20.

Painel de Justiça Climática nas favelas: Qual o nosso olhar com foco no G20?

O painel foi composto pela mediação de Jonathan Azevedo, ator e cria do Vidigal; Kayá, ativista climática; Anna Sol, ativista, multiartista e fundadora do Centro de Arte Solar e Daniel Diowo, liderança da Comunidade Congolesa no Brasil. O penúltimo debate explorou diferentes olhares sobre a Justiça Climática: “A comunidade imigrante do Rio de Janeiro às vezes é sempre esquecida no debate. E estou aqui para lutar a contemplação dele e também ouvir a voz dele, a dificuldade que ele tem. Porque essa comunidade, quase 90% mora nas favelas também. A gente não é turista aqui, como o povo chama de gringo, a gente não é gringo, é turista, mas a gente é morador também, a gente vive aqui. Temos filhos, temos negócio aqui, temos casa, temos família, os outros fazem faculdade. Essa aqui que a gente também tem que ser contemplada, igual a todo mundo”, reflete Daniel Diowo sobre o impacto da imigração e dos territórios favelados que abrigam essas comunidades.

Painel 4 no F20, ao lado esquerdo Kayá, ao lado dela Daniel Diowo, o ator Jonathan Azevedo e Anna Sol. Foto: Uendell Vinícius/Voz das Comunidades

Os debates continuam ao longo do ano. Fique ligado e acesse a página do Instagram: @F20org

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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