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Rock in Rio: Saiba como a equipe do Voz das Comunidades se preparou para cobrir o evento

Em clima de Festival, a equipe do Voz das Comunidades, realizou workshops musicais para entender o perfil do público favelado
Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

O Voz das Comunidades está com tudo no Rock in Rio! E está comprovando isso nos dias de rock, bebê. Mas para chegar na cobertura afiada, a equipe passou semanas se preparando para o festival. É o que afirma João Vitoria, coordenador de comunicação e conteúdo do Voz no Rock in Rio. “A gente encontra traços da favela, expressões culturais e musicais, em cada espaço, em cada canto daquela Cidade do Rock e a gente pretende mostrar isso [para o nosso público]”. O Voz busca mostrar a pluralidade e a diversidade da favela em múltiplos gêneros musicais, roupas, linguagens, artistas e em movimentos culturais do Brasil e do mundo onde os moradores de favela se sintam representados.

Bem do lado do palco Favela, está localizado o estúdio do Voz das Comunidades, onde os artistas que passam pelo Rock in Rio são entrevistados. A jornalista Thayná de Souza, que também foi curadora musical da equipe, é quem apresenta o estúdio. . Além disso, foi entendido que artistas que se conectam ao público de comunidade estarão em outros espaços, como o Sunset, no Palco Mundo, no SuperNova e também, no Global Village.

O potencial de uma produção mais elaborada se destaca com a fala do João: “A gente através de um estudo, entendeu que cobrir o palco favela é muito importante, mas se conscientizar de que a favela está em toda a cidade do rock, inclusive põe aquela cidade do rock de pé, é maior ainda. E como a gente vai comunicar para esse público? Como se comunicar não só para o público, mas também mostrar a perspectiva da favela para o resto do mundo, para a sociedade. E aí foi nisso que a gente pensou em workshops para a equipe e na composição da equipe principalmente”, apresenta as possibilidades de melhorar a cobertura do Rock in Rio.

Apostilas foram elaboradas para os sete dias de evento com material de conteúdo que conversa com a favela em workshops: “e a gente vê em alta na sociedade que nasceram e nascem todo dia na favela, que somos os maiores fazedores de cultura. Dessa cidade somos nós, que somos a favela”, reafirma João.

A Equipe

E complementando a essa estrutura de organização, a Alana Nascimento, coordenadora de equipe, ressaltou. “A favela é a janela do mundo, sabe? E falar de um festival que é tão conhecido no mundo, sem falar dessa identidade, não seria a mesma coisa. Então eu acho que a equipe do Voz das Comunidades vem com uma proposta mais plural, mais diversa, mais abrangente. Esse time está totalmente vibrante, com energia lá em cima”, contou empolgada a Coordenadora de Equipe.

Equipe do Voz das Comunidades no último Workshop
Foto: reprodução/ Equipe do Voz das Comunidades

Alana detalha que a relação da equipe do Voz das Comunidades é algo que plural e de ampla familiaridade com tema e a música. “Para alguns é um sonho estar nesse espaço porque nunca estiveram e estar quanto profissionais de imprensa. Para alguns, é uma realização pessoal. Já para a equipe toda, o objetivo é mostrar que todos que acompanham a rede social do Voz, terão uma cobertura muito diversificada e muito focada”, finaliza.

Curadoria Musical

“Entender a importância das identidades culturais formadas por diversos gêneros musicais que vêm da população favelada e, em sua maioria, preta, é essencial para garantir uma cobertura em que o nosso público se enxergue e quem sabe também aprenda lá do outro lado? Gerar o debate e pensar a música para além do consumo e gosto pessoal é o que diferencia a comunicação crítica da hegemônica”, ressalta Thayná.

Se a primeira semana foi boa, imagina a segunda!

O resultado da cobertura inteira pode ser visto no Instagram do Voz das Comunidades. Pelo estúdio, já passou Poze do Rodo, MC Hariel, Slipmami, Ster, além de outros artistas. A segunda semana do Rock in Rio começa amanhã e o Voz está preparado e pronto para levar o melhor da favela do Rock in Rio para você!

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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