Rock in Rio: Das batalhas de rimas para os palcos, PK é um fenômeno do rap-funk carioca

O rapper carioca encerrará o palco do Espaço Favela no segundo dia do festival e terá como convidado Mc Don Juan
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Pedro Henrique Pereira, mais conhecido como PK, tem 25 anos e é cria da Ilha do Governador. Com mais de 2,8 milhões de ouvintes mensais no Spotify e 142 milhões de views no YouTube, o artista tem colaborações com Ludmilla, Luísa Sonza e outros grandes artistas da música brasileira atual. Desde 2013 na ativa, no próximo dia 3 de setembro, ele estará num dos maiores festivais do mundo: o Rock in Rio.

“Eu sempre quis atingir o máximo de pessoas que eu pudesse. É um sonho que todo mundo que trabalha com música, que gosta de fazer arte, quer… estar nos lugares de maiores apreciações. Sempre sonhei com isso. Sempre quis atingir lugares importantes e o Rock in Rio é uma realização!”, conta PK da emoção de se apresentar como atração principal no festival no palvo do Espaço Favela.

Em 2013, PK iniciou sua jornada artística nas batalhas de MC do Rio de Janeiro. Passou pela batalha do Real, na Lapa, colaborou com a Soul Pixta, na Ilha do Governador, mas foi mesmo lá em São Gonçalo, na batalha do Tanque, que suas letras começaram a bombar na internet.  

Batalhas de MC, rinhas ou batalhas de rap é uma tradição que começou nos Estados Unidos e tomou proporções mundiais. Nas disputas, dois ou mais MCs improvisam no rap usando de ostentação ou de insultos (às vezes os dois!) para ser o mais aplaudido pelo público. Confere aí embaixo alguns improvisos do PK naquela época!

“Quando começou a batalha do Tanque, pra 2016, a parada era em uma semana 500 mil views. Então, já começou a gerar um conhecimento das pessoas na rua”, conta PK. A batalha do Tanque foi de grande importância na vida do cantor e de outros artistas também. Orochi e Choice, que também estarão no RIR 2022, também ficaram conhecidos a partir dela.

Mas a jornada de Pedro Henrique PK seguiu! Das batalhas de MC, ele se lançou direto na música. Ainda em 2016, integrou o grupo Class A e, junto aos rappers Igor Adamovich e Oik, mesclou suas letras de rap com o funk carioca. Os dois primeiros lançamentos da banda somam mais de 88 milhões de views e elevaram ainda mais a carreira do rapper

Em 2018, a parceria chegou ao fim e logo em seguida PK lançou sua carreira solo. A música que inaugurou o novo momento da carreira do artista foi o hit “Quando a vontade bater”, em colaboração com o DJ PK Delas. Com a faixa, o rapper atingiu ótimas colocações em plataformas de reprodução no Brasil, Portugal e Angola. O sucesso rendeu ainda um convite para participar no palco eletrônico do Rock in Rio 2019.

 Rapper PK largou a faculdade de Psicologia para viver da música. E tem se dado muito bem!
Foto: Arquivo Pessoal / PK

Desde cedo apaixonado também pelo funk, em carreira solo o rapper passou a adotar ainda mais a estética e musicalidade do ritmo carioca. Seu primeiro EP “ImPKvel”, de 2019, mescla rap e funk na medida certa. Os hits “Sacanagezinha”, com Kevin o Chris e “”Do jeito que tu gosta”, com Ludmilla, comprovam o sucesso da nova estética.

No dia 3 de setembro, o rapper retorna ao maior festival do mundo como atração principal. Ele e Mc Don Juan vão dar aulas e palestras no espaço Favela do Rock in Rio 2022!

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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