Rocinha Recicla: iniciativa quer aumentar volume de plástico coletado na favela

Estimativa é que a iniciativa gere renda extra a pelo menos 105 coletores de plástico locais.
Foto: Divulgação

A maior favela do Brasil, a Rocinha, quer expandir o volume de plástico coletado pelo centro de coleta seletiva, o Rocinha Recicla. Situado no estacionamento do Complexo Esportivo da Rocinha, Zona Sul do Rio, o projeto em parceria com a empresa Plastic Bank, tem como expectativa entregar dez toneladas por mês de material para reciclagem. E desta forma, os catadores locais vão receber uma bonificação por quilo de plástico entregue no ponto de coleta.

Este novo projeto do Rocinha Recicla tem como objetivo gerar renda extra a 105 coletores de plástico cadastrados no programa e evitar que grandes quantidades de materiais cheguem aos oceanos. O novo acordo faz parte de um esforço para expandir e fortalecer o ecossistema, incentivando o impacto positivo para os catadores e a economia local.

A iniciativa existe há dois anos e já foram alcançados mais de 90 mil toneladas de plástico destinados à reciclagem. Atualmente, a previsão é de que sejam recolhidas 240 toneladas, volume que equivale a 12 milhões de garrafas PET. 

Para o diretor de operações da Plastic Bank no Brasil, Ricardo Araújo,  é inspirador ver a transformação que a comunidade da Zona Sul está passando por causa da reciclagem. “Os coletores moram no local e trabalham para criar um ambiente mais limpo e sustentável. Essa é uma forma de empoderá-los, pois, hoje, eles contam com uma fonte adicional de renda, ajudando-os nas contas de casa, na educação dos filhos e na compra de itens necessários. Queremos que a região caminhe para um futuro mais consciente e que o ponto de coleta continue atuando para reverter a antiga narrativa da poluição plástica na Praia de São Conrado e arredores”, conta Ricardo.

Todo o material coletado é registrado em uma blockchain, uma espécie de registro de transações confiável que permite a checagem dos dados em tempo real. Assim, é possível rastrear o plástico e assegurar o pagamento das pessoas que trabalharam coletando-o. O projeto gerou um aumento de renda e aproximadamente 40% aos coletores locais.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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