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Rivaldo Barbosa era chefe da Delegacia de Homicídios na investigação da morte de Eduardo de Jesus, em 2015

Menino de 10 anos foi morto com um tiro na cabeça no Complexo do Alemão. Arquivado em 2017, caso foi reaberto em 2023
Foto: Reprodução

O Brasil acordou neste domingo (24) com um passo importante no caso do assassinato de Marielle Franco. Após a homologação do depoimento de Ronnie Lessa, a Polícia Federal prendeu três nomes suspeitos de serem os mandantes do assassinato do da vereadora. Um deles é Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, que já teve um episódio em sua trajetória no Complexo do Alemão.

Em 2015, o menino Eduardo de Jesus, de 10 anos, brincava no celular na porta de sua casa quando foi atingido por um tiro na cabeça por policiais. Os agentes responsáveis tentaram retirar o corpo do garoto e forjar legítima defesa, mas devido a mobilização de moradores, Eduardo não foi incriminado.

Houve reconstituição do caso no local do crime, algo que os moradores viram como um sinal de justiça para a família. Após sete meses, a Delegacia de Homicídios o qual Rivaldo Barbosa era chefe, concluiu que o policial responsável pela morte de Eduardo havia agido em legítima defesa e que teria disparado contra traficantes. A criança teria sido atingida por acidente. O caso foi arquivado.

No ano passado, o advogado da família, João Pedro Accioly pediu o desarquivamento do caso ao Ministério Público (MP). No documento protocolado junto ao MP, o advogado afirma que houve fraude processual, além de homicídio e tentativa de homicídio e organização criminosa. Além da família, a Anistia Internacional Brasil também está acompanhando o caso.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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