Nada consegue ser mais tradicional no Rio de Janeiro do que o samba e, obviamente, não faltam opções pela cidade. Todo o dia é dia de samba. E dentre as várias opções na Zona Norte do Rio de Janeiro, uma que vem se destacando no cenário é o ‘Pagode do Chinelo’. Localizado em Pilares, coladinho na Caprichosos de Pilares, o evento, que acontece toda a segunda-feira, diverte o público da região.
A ideia da Resenha Pagode do Chinelo foi de Anderson Maia junto com amigos que se reuniam para fazer o que todo carioca adora. “Beber uma cerveja e curtir um samba. E a gente achava que o melhor dia para fazer isso era na segunda-feira! [risos]”, conta. Com uma resenha em torno de quase 300 pessoas, Anderson comprou um depósito e, junto com os amigos, passaram também a fazer comida. O que começou como uma brincadeira, acabou tomando grandes proporções.
Com o crescimento, Anderson passou a coordenação do evento para um amigo que estava procurando um lugar para fazer o evento. “O Marcelinho Capadócia. Primeiro convidamos ele para participar, ele gostou e eu passei o projeto pra ele. Fizemos o samba uma semana e foi um baita sucesso. Já na segunda semana, ele convidou o Grupo Balacobaco pra tocar. Eu não tinha muito contato com o grupo, mas a parceria funcionou muito bem”, relembra Anderson.
Por que Resenha Pagode do CHINELO?
Anderson abriu um sorriso quando respondeu essa pergunta. Ele conta que o nome veio das resenhas que já fazia com os amigos num fundo de quintal. “A gente fazia uma brincadeira toda segunda-feira. Desde aquela época, sempre era na segunda, era na minha rua mesmo. Aí pensamos em algo que não fosse um compromisso sério, algo muito exagerado, porque o nosso samba é pra todos. Como falamos na macumba, aqui não é show é uma passadinha”. Com o clima light no fundo do pátio, com direito a piscina e chuveirão, os amigos pensaram em algo que todo mundo gosta e usa. “Chinelo! Todo mundo tem uma Havaiana, um Raider… E com esse calor do Rio de Janeiro, impossível andar de tênis toda hora. E pra vir no nosso espaço não precisa salto alto. Não precisa vir no sapatinho não. Aí pegou o nome. Todo mundo gostou e ficou até até hoje.
A Resenha Pagode do Chinelo está situado no Largo dos Pilares, colado com o viaduto de quem vem da Linha Amarela. A resenha reúne um público que curte um samba ao vivo, com intervalos de músicas comandadas por DJs. O clima bom foi ganhando fama no boca a boca das redes sociais. Tanto que até a cantora Ludmilla apareceu numa noite de segunda-feira e cantou para o público. Anderson relembra o dia. “Foi um prazer enorme ela aparecer aqui. Uma grande artista, grande pessoa. E ela se sentiu em casa aqui, assim como todo mundo que vem curtir. O bom que aqui a gente todo mundo se entende, todo mundo vem brinca, se diverte e a coisa acaba ficando da maneira, como sempre desejamos. E quando ela veio e mostrou isso, foi sensacional pra gente”.
Quase um samba do trabalhador da Zona Norte
O Pagode do Chinelo ocorre toda a segunda-feira, a partir das 18h, em Pilares. Curiosamente, é o mesmo horário e dia do popular Samba do Trabalhador que acontece no Clube Renascença, no bairro do Andaraí. O Samba do Trabalhador é um ponto tradicional que também acabou se tornando um ponto turístico para aqueles que visitam a cidade.
Mas se existe alguma comparação entre a Resenha Pagode do Chinelo e Samba do Trabalhador, é aí que você se engana. E que responde isso, é o próprio Anderson. “Eu sou um grande fã do Rena (apelido do Clube Renascença). Sou muito fã. Estive lá umas semanas atrás, mas infelizmente não consegui ir com tanta frequência por causa da organização da nossa resenha aqui. Mas é um lugar ótimo, recomendo muito. E o melhor de tudo é que as pessoas saem de lá e vem pra cá depois – Ressalta Anderson. O Samba do Trabalhador termina às 22h e o Resenha Pagode do Chinelo segue madrugada adentro, com muita música, uma equipe grande, com bebida gelada e variedade de comida. “Aqui é onde mora a alegria”, finaliza Anderson.