“Racismo não é liberdade de expressão. É crime!”; Passista mirim da Portela é vítima de racismo em redes sociais

A família da menina, de apenas 8 anos, denunciou o caso que foi tipificado como injúria racial; crime está sendo investigado
Menina de 8 anos foi vítima de racismo nas redes sociais. Foto: Reprodução

No último domingo, dia 12 de janeiro, uma passista de apenas 8 anos da escola de samba Portela foi vítima de ataques racistas após a publicação de um vídeo em que aparece sambando em um ensaio de rua. O caso ganhou repercussão após a família da menina denunciar e a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o crime, registrado como injúria racial.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) já recebeu a denúncia. A advogada Larissa Melo publicou, em suas redes sociais, uma foto junto da vítima segurando o boletim de ocorrência, reforçando que o caso será levado a frente até ter uma punição para os envolvidos.

Um dos prints de racismo contra a passista mirim — Foto: Reprodução/TV Globo

Após a repercussão tanto do vídeo como do caso, os comentários foram apagados e várias pessoas prestaram solidariedade à vítima, uma delas foi a rainha da escola, Bianca Monteiro.

Para a mãe da menina, é uma dor grande ver a filha tão jovem passar por isso. “Isso dói. Doeu muito. Ontem, ter que ir à delegacia fazer esse registro doeu muito”, disse Carla Beatriz Conceição de Oliveira, mãe da vítima.

A escola de samba emitiu uma nota de repúdio e relembra que racismo não é liberdade de expressão. A agremiação afirmou que “O G.R.E.S. Portela é uma instituição centenária, forjada na luta do povo preto do subúrbio do Rio de Janeiro. A agressão de cunho racial a uma criança precisa de uma resposta de todos que minimamente prezam pelos valores civilizatórios mais básicos”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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