Racismo em Copacabana: moradora do Cantagalo denuncia crime sofrido na loja Casa & Vídeo; entenda o caso

Vítima Sandra teve que esvaziar sua bolsa e jogar seus pertences no chão para provar sua inocência
Denuncia de Racismo nas lojas Casa & Vídeo em Copacabana. Foto: reprodução

Nesta terça-feira, 7 de janeiro, por volta das 13h30, a moradora do Morro do Cantagalo, na Zona Sul, senhora Sandra Silva, apareceu em um vídeo abalada após ser acusada injustamente de roubo por um segurança da loja Casa & Vídeo, localizada na Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana. Tudo aconteceu enquanto ela guardava seu celular na bolsa.

Para provar sua inocência, Sandra retirou todos os itens de sua bolsa e os jogou no chão, enquanto o segurança recuava ao perceber que estava sendo gravado. O boletim de ocorrência foi registrado na 12ª DP, em Copacabana.

Momento em que a vítima Sandra joga as suas coisas no chão. Foto: reprodução

Com o boletim em mãos, a moradora explicou que realizou um pagamento via Pix e desistiu de levar uma Coca-Cola, e entregou ao rapaz do caixa. Quando ela se direcionou a sair da loja, começou as acusações de roubo por parte do segurança, e ela entendeu na hora o que estava acontecendo, debateu com o segurança e afirmou: “Nós que somos de cor sofremos por ser de todos acharem que somos ladrões”, resume em depoimento.

No fundo do vídeo que esta repercutindo nas redes e até o momento conta com 8,9 mil curtidas, 852 comentários e cerca de 140 mil pessoas visualizações, é possível ouvir o segurança pedindo desculpas, enquanto Sandra, vítima de racismo, denuncia o ato como uma injustiça, afirmando repetidamente que tem dinheiro para pagar por qualquer item que tivesse pegado. Confira aqui o vídeo.

https://twitter.com/vozdacomunidade/status/1876707461174112746

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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