Pegue o que você precisar. Este é o nome do projeto em que a troca de objetos (e, por que não, de afeto?) é a maior protagonista. Pensado lá em 2016 pela Casa Raio Dourado de São Francisco de Assis, uma instituição espiritualista e de caridade, o “Pegue o que você precisar” acontece com a ajuda de muitas pessoas; as que doam, as que recolhem as doações, as que fazem a triagem do que foi doado e as que levam as doações para si, dando um novo início aos objetos.
Feito de forma detalhista e voluntária, o processo resulta em um bazar gratuito, que acontece três sábados por mês, no Morro Jorge Turco, em Coelho Neto, Zona Norte, bem em frente à Praça Zuinara. Carmen Figueira, idealizadora do projeto, conta que gosta de pegar peça por peça, avaliar se está em perfeito estado e por no cabide para expor no “bazar”. E tem de tudo! Carmen enfatiza que, se você quer doar algo que já não precise mais e esteja em ótimo estado, é bem-vindo. De roupas até portas, conta.
“As pessoas engajam bastante! Nos primeiros anos, a gente chamava o pessoal e, de repente, formalizou o nome “Pegue o que você precisar”. Começamos a ter data e hora, foi crescendo e ficou famoso. Pessoas de outros lugares do país também pediram consultoria porque gostaram da ideia”, relata Carmen. Ela completa dizendo que, durante a pandemia, eles fizeram um trabalho de conscientização, organizando cesta básica, produto de higiene pessoal e máscaras. “Então houve um engajamento muito grande com a comunidade, em função da pandemia”, relembra.
Perguntada sobre alguém que marcou, ela diz que todos. “As pessoas ficaram sem dinheiro nenhum na pandemia, então o projeto virou uma referência muito séria na comunidade. Tiveram dias em que havia duas bancadas cheias de panela, prato, roupa de cama, roupa de banho, travesseiro, cobertor, edredom… E muitas pessoas não têm isso”, explica. Carmen também defende que todo mundo gosta de decoração. “As pessoas gostam de enfeitar sua casa. Por que elas não podem enfeitar? Colocamos uma bancada só para isso”. Como não são tantas doações de utensílios de casa, há um limite: 1 objeto por pessoa, já que todos precisam muito e não tem tanto. Mas, roupas podem pegar à vontade!”.
Por fim, com brilhos nos olhos, idealizadora diz. “O que mais me pega é a troca. O dia que a história reverteu. As doações começaram a vir também da comunidade. Os moradores começaram a participar, ajudar a varrer, a montar e trabalhar junto! A comunidade abraçou o projeto e tomou para si. Os projetos sociais chegam na comunidade quando deixam de ser ‘seu'”.
O interessante também é que as doações chegam do Rio todo. São sete pontos de arrecadaçã nas Zonas Norte e Sul: Rio Comprido, Encantado, Laranjeiras, dois lugares de Botafogo, Copacabana e Jardim Botânico. O transporte desses pontos até Coelho Neto fica por conta de dois voluntários: Daniel Rosa e a Vanja Bastos, semanalmente. Um dos membros da Casa Raio Dourado e moradora do Jorge Turco, Cristina, também tem um ponto de arrecadação em sua residência.
Pontos de Arrecadação
1. RIO COMPRIDO
Rua Aristides Lobo, 89
Contato: Christina
Whatsapp: (21) 993093131
2. ENCANTADO
Rua José Domingues, 115
Contato: Daniel
Whatsapp: (21) 996192033
3. LARANJEIRAS
Rua Belisário Távora, 467
Contato: Cristiana
Whatsapp: (21) 971221052
4. BOTAFOGO
Rua Pinheiro Guimarães, 77
Contato: Wanja
Whatsapp: (21) 991851369
5. BOTAFOGO
Rua Guilhermina Guinle, 70
Contato: Adelaide
Whatsapp: (21) 992183037
6. COPACABANA
Praça vereador Rocha Leão, 231
Contato: Fabíola
Whatsapp: (21) 98846-6661
7. JARDIM BOTÂNICO
Rua Maria Eugênia, 226
Contato: Patrícia
Whatsapp: (21) 99857-1005
CONTA BANCÁRIA DA CASA:
Casa do Raio Dourado de São Francisco de Assis
Agência: 1629- 2
C\c: 28449- 1
Cnpj: 004971749/ 0001-37