Quando o assunto é a urbanização de um bairro que é reconhecido por sua vulnerabilidade social, os benefícios vão muito além das obras que são mais do que necessárias. Pois, as melhorias nessas regiões geram um sentimento de bem-estar aos moradores, que finalmente se percebem parte da cidade e dos planos do Poder Público.
Visando essa realidade para 22 favelas cariocas, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, na última terça-feira (29), o retorno do programa Morar Carioca, uma iniciativa que investe em infraestrutura nas comunidades e concede o título de propriedade do imóvel para o morador.
Vão ser investidos R$ 500 milhões, dentre os quais R$ 450 milhões em obras de urbanização integrada e R$ 50 milhões para ações de regularização fundiária.
“Com a urbanização da favela, você leva dignidade aos moradores. No campo da regularização fundiária, o título de propriedade do imóvel permite ao cidadão alcançar a plena cidadania, entrando na vida formal. Por exemplo, se ele quiser fazer um financiamento, com o título de propriedade poderá dar o imóvel como garantia. Temos que defender que sempre tenha uma parte importante do orçamento alocada para a urbanização das comunidades. Vamos sempre priorizar as pessoas mais pobres dessa cidade”, comenta o prefeito Eduardo Paes.
Nesta primeira etapa, o Morar Carioca beneficiará mais de 20 mil moradias e levará a transformação social para mais de 80 mil pessoas. Além disso, a iniciativa da prefeitura entregará mais de 40 mil novos títulos de propriedade até 2024, o maior investimento de regularização fundiária da história do município do Rio de Janeiro.
As obras do programa retornam no início de abril e contam com um investimento de R$ 500 milhões da própria Prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro bairro será Costa Barros, na Zona Norte da cidade. Ainda no mesmo ano, atenderá a comunidade Chapéu Mangueira (Leme), Meringuava (Taquara), Caminho de Dentro e Largo do Correia (Guaratiba), Comunidade do 77 (Padre Miguel) e Ladeira da Reunião (Tanque).