Foto: Arquivo / Voz das Comunidades
Reportagem: Ariel Freitas e Matheus Andrade
Uma das reclamações constantes dos moradores nas comunidades cariocas é o descaso do poder público na qualidade do serviço de saneamento básico nessas regiões, um direito que é assegurado a todos cidadãos brasileiros, de acordo com a Constituição Brasileira vigente desde 1988.
Neste momento de pandemia, uma boa higienização do lar é fundamental para evitar o contágio dos residentes com o coronavírus. Contudo, os moradores da Rua Ararua, na localidade da Alvorada, estão impossibilitados de estarem fazendo isso. Além da falta constante, o que tem se visto nos últimos dias foi a chegada de uma água barrosa a muitas casas na região. Uma das moradoras afetadas, é a dona de casa Amanda Santos, que falou sobre a situação.
“Não tem como beber, não tem como fazer nada. como a gente faz com essa água preta? Eu não tenho caixa d’água. Aí compramos água para poder beber, porque como encher minhas garrafas? É só Jesus na causa. Ficou quatro dias sem cair água, e quando voltou anteontem (segunda), voltou amarela, aquele amarelo quase preto. E ontem ficou preta”, relatou a moradora.
Denunciando também esta realidade precária, Viviane Pereira, moradora do bairro Fazendinha, também do Complexo do Alemão, registrou as condições ruins da água que recebe em casa. “Então, tem uns seis meses que recebemos a água com uma coloração diferente. Mas colocamos produtos e panos para utilizarmos ela. Mas, nessa semana, não teve como alterar o estado dela. A água chegou completamente escura, parece mais um líquido saindo direto do esgoto”, declara.
Tal situação impossibilita o preparo das refeições e o consumo de água na residência. Em nota a CEDAE informou que técnicos da empresa irão ao local verificar, e atuar na solicitação ainda hoje.