Pega a visão: tá na hora da gente conversar de igual pra igual sobre como a juventude da favela pode botar a mão na massa e criar sua própria grana, sem ter que viver só no corre da rua ou se agarrar em trampos que exploram mais que ajudam.
Muita gente de fora olha pra favela e só vê problema, violência, ou então aquele assistencialismo meia boca que não muda nada na vida de quem tá ali no dia a dia.
Mas quem mora sabe: a favela é cheia de talento e disposição, de gente criativa pra caramba e que só precisa de uma brecha pra virar o jogo.
A parada é a seguinte: a gente não quer só bolsa isso, auxílio aquilo. Isso ajuda? Ajuda. Mas e o sonho de ter seu próprio negócio, de fazer a sua música, vender sua arte, programar seu app, ensinar sua dança? Isso tudo aí também é geração de renda, é o que sustenta e dá orgulho pra quem faz.
E como que faz pra isso virar real? Primeiro, a gente precisa de educação de qualidade, com escola que ensine o que importa, e não só pra passar de ano. Depois, vem os investimentos reais nas favelas, com acesso a internet de qualidade, espaços de co-working, incentivo pra galera que quer empreender.
O bagulho é doido, mano! Imagina você tendo a chance de aprender a programar na sua favela e criar um aplicativo que soluciona os perrengues do seu dia a dia? Ou então montar um pequeno ateliê de costura com a visão que só quem vive o lugar tem? Isso muda o cenário, isso dá esperança e, de quebra, tira a molecada da mira da criminalidade.
Mas ó, num é só jogar a responsa pro Estado não, a gente tem que se unir como favela. Já tem muita iniciativa bacana partindo do próprio morro, de gente que acredita nos seus e não fica esperando chuva de dinheiro cair do céu. É a rádio comunitária, são os eventos de rua, os projetos de arte e cultura que tão impactando territórios.
Tem que ter também aquela visão 1000 graus dos cria, que sabe que a união faz a força e que, quando um vence, motiva outros a vencerem também, se ligou?
Só que, papo reto, num tem como vencer na marra, sem uma mãozinha pra fazer a roda girar. Os empresários, artistas, influenciadores digitais, a galera que fez seu nome, todo mundo pode dar uma força, seja com a visibilidade, com know-how ou com uma grana preta pra bancar projetos.
O lance é dar a letra, mostrar pro sistema que juventude favelada também é futuro, que também é inovação.
E aí, vambora fazer dessa utopia um corre de verdade? A hora é essa, e o futuro pode ser daquele que peita o desafio e mostra que, sim, na favela também nasce CEO, artista, cientista, o que for. Basta dar o start e deixar a magia rolar.
Se liga, sistema: a favela quer mais que sobreviver, ela quer reviver, reinventar e mostrar pro mundo que quem vem de “baixo” também tem poder. Então, vamos juntos nessa que, com o microfone na mão e uma ideia na cabeça, a juventude da favela vai longe. Bota fé no pai que os projeto vai.
JEDAI
Poeta, escritor, roteirista, Youtuber e líder social. É cria da Kelson’s, na Maré, já teve poemas publicados e transmitidos na FLUP (Festa Literária das Periferias), Semana de Arte Favelada, Voz das Comunidades e Globo