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Obra na Avenida Niemeyer restringe acesso ao Vidigal e atrasa socorro em acidente na comunidade

Uma das vítimas, de 22 anos, Roberta Almeida Miranda, trabalhava em um mercado da comunidade e era muito querida pelos moradores
Foto: morador
Foto: morador

Na tarde desta sexta (21), por volta das 15h, aconteceu um grave acidente no Vidigal, comunidade da Zona Sul, nas proximidades do Bar do Tuta. Uma kombi – que não é da comunidade – realizava uma entrega no Vidigal, e atingiu duas jovens.  Segundo informações, o veículo estava em alta velocidade, perdeu os freios a atingiu as duas moradoras. 

(Foto: Morador)

As pessoas que estavam no local pediram socorro, mas a ambulância demorou cerca de 45 minutos para chegar até o local. Enquanto isso, as vítimas ficaram presas embaixo da kombi. Uma das vitimas faleceu e a outra se encontra hospitalizada no Hospital Miguel Couto, realizando uma operação na cravícula.

A demora do socorro é devido a uma obra na Avenida Niemeyer, principal e única via de acesso ao Vidigal, uma comunidade em que vivem cerca de 40 mil pessoas. Os moradores vem sofrendo com dificuldade de acesso durante todos os dias, pois a via fica fechada até as 10h da manhã e, no decorredor do dia, o trânsito é lento seguindo o esquema de “siga e pare”. 

Devido a obra na Avenida Niemeyer, a ambulância demorou cerca de 45 minutos para chegar até o local do acidente.
(Foto: Morador)

A revolta toma conta da comunidade, tanto pela dificuldade de acesso ao Vidigal pela Avenida Niemeyer, quanto pela falta de segurança em andar pelas ruas o morro. A comunidade quase não tem calçada, e onde há é usada como estacionamento. O governo e a prefeitura não vão local fazer o reboque dos veículos e nem realizam fiscalização. 

(Foto: Reprodução)

A jovem de 22 anos, Roberta Almeida Miranda, trabalhava em um mercado da comunidade e era muito querida pelos moradores.

Henry, morador há 9 anos do Vidigal, já fez cerca de 46 reclamações sobre a obra na Avenida Niemeyer através da Central de Atendimento do Rio (1746) e em outros órgãos responsáveis pela obra. O mesmo teve o seu acesso bloqueado na plataforma.  

Acidentes como esse já aconteceram antes e nenhuma providência foi tomada. Os moradores reclamaram com as autoridades e associação de moradores, mas nada foi feito.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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