O Natal de Rua existe desde 2014 e está na sua 6º edição com doação de quentinhas para pessoas em situação de rua. O Papo Reto, coletivo do Complexo do Alemão, reuniu 30 voluntários para preparar 300 quentinhas, que foram distribuídas na sexta-feira (18) respeitando todos os protocolos de segurança.
A ideia foi de proporcionar um momento troca com pessoas que estão em situação de rua e o Coletivo Papo Reto tem uma relação muito forte com a pauta de politicas de drogas e direitos humanos.
Esse ano, por conta da pandemia, as quentinhas não foram distribuídas em diversos lugares como era nos anos anteriores, antes o grupo se dividia em diversas localidades onde ficam moradores em situação rua e que fazem ou não o uso de algum entorpecente e o local da ação desse ano foi na Bandeira 2. A distribuição começou às 7 horas da noite. E os voluntários já estavam desde as 9 horas da manhã preparando as refeições com três cardápios diferentes: Frango, Carne e Calabresa.
Geralmente, as ações do Papo Reto acontecem no dia de Natal e após, mas devido à intensidade do trabalho que o coletivo realizou no Gabinete de Crise, eles resolveram antecipar o Natal de Rua. O outro motivo para antecipar a ação foi o entendimento de que pessoas em situação de rua sentem fome todos os dias e que para os dias de Natal outras intuições já fariam essas doações.
“Essa ação de Natal é a ação que mais temos voluntários, esse ano tivemos em torno de 30 voluntários, e a nossa proposta foi fazer 300 quentinhas. Teve ano que fizemos até mais, só que devido à pandemia estamos pensando na segurança de todos, então reduzimos o número até para que nossos voluntários fiquem menos tempo na rua e menos expostos. A entrega da quentinha é só uma desculpa mesmo, pois o que queremos é estar ali, fazendo essa troca ouvindo a necessidade dos outros, e isso é impactante para nossa vida, nos faz manter o pé no chão para entender de fato quais são nossos objetivos enquanto organização”, diz Lana de Souza, co-fundadora do Coletivo Papo Reto.