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Mototaxista Dú Amor: Conheça a história do Gabriel Rusty

Aos 24 anos o mototaxista viralizou nas redes com seus vídeos e se considera cria de todas as favelas do Rio

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Ele tem 24 anos e não tem uma localidade específica, apesar de ter seu ponto fixo em Magalhães Bastos, que é um bairro da Zona Oeste do município do Rio (faz divisa com os bairros de Realengo, Vila Militar e Jardim Sulacap). Então, Gabriel Rusty, mototaxista há 5 anos, deixa claro que ele é cria de todas as favelas do Rio.

O que rapaz não esperava, é que sua vida em apenas 6 meses pudesse mudar totalmente. Nesse período, o mototaxista alavancou, até o momento, a marca de 200k no Instagram e 50,4 mil seguidores no Twitter. Tudo isso por conta dos seus vídeos e seu mais novo pseudônimo: Mototaxista Dú Amor.

“Tudo começou quando eu fui entregar um presente de reconciliação para a esposa do cara. O casal tinha brigado e ele queria o perdão da esposa. Quando eu cheguei lá, a moça não aceitou o presente e me mandou devolver e o cara mandou eu levar de novo. Ai eles fizeram as pazes e as amigas delas me intitularam de mototaxi dú amor, e pegou esse nome”, diz o rapaz sorridente.

Cada vídeo postado nas redes bate a marca de 700 mil visualizações.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

A partir daí, Gabriel começou a postar nas redes levando os passageiros e fazendo as entregas. Cada vídeo chega a ter 700 mil visualizações e, com isso, despertou o interesse de marcas e empresas que se interessam em dar visibilidade ao seus trabalhos.

“As pessoas pedem para eu gravar, cantar para elas. Eu sou tímido, mas preciso pensar no cliente em primeiro lugar. Então, tem vezes que viro psicólogo, tem cliente que nem quer ir para um determinado lugar, e só que desabafar mesmo”, comenta.

Sucesso nas redes

O rapaz faz tanto sucesso nas plataformas digitais que uma produtora famosa no Rio o chamou para participar do Clipe do Bryan Vevo & MC RP VK, na música Show do Poze.

Agora, Gabriel leva o sustento para sua família não só com mototáxi, mas também com as parcerias que ele vem fechando por conta da influência digital.

“Só mora minha mãe, irmão e eu. Tenho que ajudar em casa. Eu amo trabalhar, não me vejo fazendo outra coisa. Andar de moto me traz paz, me relaxa. Eu não saberia viver sem ser mototaxista”, declarou.

O Mototaxista Dú Amor diz que não saberia viver sem andar de moto. “Eu amo meu trabalho”.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Ele faz viagens para o Rio de janeiro todo, entra em todas as favelas e diz que, quando não está disponível, passa para os amigos trabalharem.”É um ajudando o outro”. Sobre as postagens que faz nos hotéis, brinca. “Aqui em Magalhães, tem muito hotéis. Os caras já me conhecem de tanto pegar passageiro. Já deixa eu entrar direto. Quando é passageiro conhecido, eu tiro foto, gravo vídeo dentro do quarto, mas é tudo zoação”.

Amizade com a “Deise do Tombo”

Deise e o Gabriel é uma parceria que deu certo. Os dois só se conheciam pelas redes sociais e por meio de troca de mensagens.

Mototaxista Dú Amor busca Deise do “tombo” em casa para dar um rolé pelo Alemão.
Foto: Vila Ribeiro / Voz das Comunidades

“Eu quero apresentar o Konteiner para ele, quero mostrar o Alemão e o que tem de melhor. Ele é muito gente boa, merece todo sucesso que está fazendo”, diz Deise.

Se você gostou dessa história e quer conhecer o Gabriel, mototaxista dú amor, é só chamar ele nas redes sociais que ele vai ao seu encontro.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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