Nesta segunda-feira (20), uma intensa troca de tiros na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio de Janeiro deixou moradores muito preocupados. O confronto começou por volta das 11h30 e conforme informações da página Voz da Vila Kennedy, policiais iniciaram uma operação na comunidade com blindado.

Uma moradora que não quis se identificar disse que “Operação na VK estão cada vez mais frequentes. E agora estão mais próximas da praça. O pessoal correu para a UPA para se proteger.” No momento do confronto, carros que estavam passando pela Avenida Brasil fugiram na contramão. As crianças e adolescentes que estavam nas escolas, tiveram que se esconder no corredor, junto com os professores.

Para se proteger, moradores correram para dentro da Unidade de Pronto Atendimento. Pessoas que já estavam esperando atendimento, se esconderam entre os bancos. Os relatos afirmaram que os tiros pareciam ser dentro da unidade.

A Voz das Comunidades entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em resposta, SMS informou que a Clínica da Família Wilson Mello Santos Zico e o Centro Municipal de Saúde Dr. Henrique Monat acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspenderam o funcionamento na tarde desta segunda-feira. Ainda conforme a nota, a UPA Vila Kennedy seguiu em funcionamento sem interrupção.

Também procurada a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que, até o momento, uma escola precisou ser fechada na região, afetando aproximadamente 500 alunos. Segundo a nota, Seeduc mantém diálogo contínuo com as polícias Militar e Civil e vem acompanhando os registros feitos pelas unidades escolares através do Registro de Violência Escolar (RVE), serviço interno da secretaria que mapeia casos como esses, a fim de traçar medidas que melhorem o bem-estar e a segurança da comunidade escolar.

A Voz das Comunidades também entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar. A nota enviada ao jornal informou que policiais militares do 14° BPM (Bangu) foram atacados durante um patrulhamento em um dos acessos à comunidade. De acordo com o comando da unidade, o confronto cessou e não houve registros de feridos.