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Moradora da Barreira do Vasco integra equipe de apoio do judô nas Olimpíadas de Tóquio

Aluna do projeto social UMBRA/VASCO, Luana Carvalho terá sua primeira experiência visando competir as Olimpíadas de Paris 2024

Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (23) começam oficialmente os jogos olímpicos de Tóquio 2020 e o evento contará com a presença de atletas crias de favelas do Rio. Uma destas atletas é Luana Carvalho, moradora da Barreira do Vasco, Zona Norte da cidade. Atleta da equipe UMBRA/Vasco, aos 19 anos de idade, ela foi convocada pela Confederação Brasileira de Judô para estar junto a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos. Ela integrará a equipe de apoio e terá sua primeira experiência olímpica.

As Olimpíadas de Tóquio estavam previstas para 2020, mas por conta do atual cenário da pandemia da Covid-19, os jogos foram remarcados para este ano. O cenário atípico do tradicional evento esportivo não abalou a ansiedade e emoção de muitos atletas que irão para Tóquio. Vinda da Comunidade da Barreira do Vasco, Luana desde aos 10 anos participa do projeto social UMBRA/Vasco. Desde o início, a aluna já era um dos destaques da equipe e teve a oportunidade de estudar nas instituições parceiras através do programa de bolsas da UMBRA nas escolas. 

Jornada até a primeira Olimpíada

Luana Carvalho terá sua primeira participação em um evento olímpico. A sua convocação foi importante para sua carreira, pois será uma experiência para o próximo ciclo olímpico, visando as olimpíadas de Paris 2024. “A emoção é realmente muito grande. É um sonho sendo realizado. Só tenho a agradecer ao Projeto Umbra e toda a Família Amorelli por oportunizar não só a mim, mas a todas as crianças e adolescentes que estão diariamente batalhando juntos a realização de sonhos. Estar nos Jogos Olímpico, e ainda mais sendo no Japão onde o judô foi criado, é uma felicidade enorme”, comentou Luana. 

Professor e coordenador do projeto, Fabrício Amorelli foi presente na trajetória da aluna até na hora de embarcar para Tóquio
Foto: Reprodução

Desde de o ano passado, a judoca esteve presente em diversas ações com a Seleção Brasileira, e teve a confirmação da convocação no dia 19 de junho. Todo o trajeto de Luana até a convocação foi feito no projeto social de judô Umbra/Vasco. Aluna desde a infância da sensei Soraya Amorelli, a professora falou com muita alegria a respeito deste primeiro passo da discípula.

“É difícil mensurar a alegria e a satisfação de ver uma atleta em uma Olimpíada. Foram anos de trabalho, dedicação e esforço. Ver uma menina que iniciou conosco, aos 10 anos de idade, faixa branca, hoje realizando o sonho olímpico, é uma sensação de dever cumprido. Para nós, é um combustível para dar continuidade ao trabalho e, se Deus quiser, termos outros que alcançarão não só esse, mas todos os seus sonhos.”  

De olho no futuro

Luana comenta como foi a trajetória até Tóquio e esclarece que já mira nas Olimpíadas de Paris 2024. “Acho que a melhor mensagem é nunca deixar de acreditar. O Projeto Umbra, a Família Amorelli, em especial a minha Sensei Soraya Amorelli, que é minha segunda mãe, e nosso eterno coordenador Andrezão. Nunca deixaram de acreditar por um segundo que estar nos Jogos Olímpicos era um sonho real. É um processo difícil. Uma batalha diária para chegar lá. Mas, estar em Paris 2024 lutando pelo Ouro olímpico é o meu foco, e vou trabalhar duro para isso. 

A famosa cruz de malta no brasão do escudo da equipe faz menção a uma parceria entre o projeto e Clube de Regatas Vasco da Gama. Além disso, representa também a ligação com a comunidade da Barreira.
Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades

A equipe UMBRA criou uma vakinha para ajudar com os custos do projeto que funciona de maneira independente, e busca se equilibrar financeiramente. Para ajudar a Umbra por meio de alguma doação, basta acessar o site da vaquinha oficial do projeto.

A equipe fez um vídeo em homenagem a convocação da companheira. Confira:

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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