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Morador da Rocinha lança documentário ‘Favela Feliz’

A história do documentário se desenrola através de uma série de depoimentos de moradores, que compartilham suas experiências e perspectivas de como é morar em favela.
Rafael Ked, jornalista e diretor do documentário Favela Feliz. Foto: Reprodução

Andar de chinelo, comer churrasquinho, conversar com o vizinho de porta e falar sobre futebol… Para Rafael Ked, jornalista e diretor do documentário Favela Feliz, não existe riqueza maior que o cotidiano de uma favela alegre.

Cria da Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio, Rafael conta que o documentário nasceu depois de uma conversa entre amigos sobre ser ou não feliz como morador de favela. “Tive uma bate boca com um amigo que insistiu que quem morava na favela era triste e infeliz. Tem gente que mora aqui que é feliz sim. Fiquei com isso na cabeça”.

Com uma ideia e equipamentos próprios, Rafael decidiu procurar por favelados que quisessem dar seu depoimento e contar um pouco sobre o cotidiano e a alegria de morar em uma favela. “Procurei pessoas de diversas favelas do Rio. Tivemos depoimentos muito emocionantes. Pessoas LGBT contando que se sentem melhor em uma favela do que no asfalto”, relata o jornalista.

Além de tudo isso, o documentário é 100% realizado por mãos periférias. Rafael contou que conseguiu fazer colaboração com profissionais do audiovisual e da música que cresceram em favelas. “Todas as nossas imagens foram feitas por favelados e a trilha sonora foi feita especialmente para o filme”.

Pré-estreia do documentário aconteceu dia 18 de maio, no Estação Net Gávea. Foto: Reprodução

O documentário também vai servir de âncora para o projeto “Pipocando”, que visa levar curtas-metragem para lugares sem acesso ao cinema, como creches, casas de repouso e espaços dentro da  favela.

Favela Feliz é um documentário que mergulha na vida do morador de favela. É um lembrete que, apesar das dificuldades e estigmas, na favela tem felicidade, resiliência e muita potência. “Queremos chegar longe com esse  filme e exibi-lo em todas as favelas possíveis”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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