Megaoperação no Complexo do Alemão e Penha deixa feridos e um morto

Operação começou por volta das 4h da manhã, na Zona Norte do Rio
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

A megaoperação que acontece no Complexo do Alemão e na Penha fez vítimas e feridos. Por conta dos intensos tiroteios, moradores da região acabaram sendo atingidos durante a saída para o trabalho na manhã desta sexta-feira.

Wander Souza dos Santos, de 21 anos, morador da Fazendinha, estava se arrumando para ir a uma entrevista de emprego quando foi baleado no ombro. O jovem foi socorrido pela família e está recebendo atendimento no Hospital Getúlio Vargas. Seu caso não é grave.

Foto: Reprodução

Segundo a mãe Natalúcia dos Santos, “O tiro acertou o braço dele. Eu estava dormindo e acordei desesperada. Pegamos o carro para socorrer ele e descer a favela. Está um caos lá dentro da favela”. Questionada sobre a situação dentro da favela, Natalúcia comenta que está terrível. ” E a gente mora na Fazendinha, perto do Campo do Seu Zé e lá dentro está terrível. Eu não sei nem como é que eu vou voltar pra casa”.

Na região conhecida como Matinha, dentro do Complexo do Alemão, uma menina de 19 anos atingida de raspão. Mesmo morando no alto, a menina conseguiu um transporte de mototáxi até o Hospital Getúlio Vargas. Ela foi com um pano na cabeça.

Infelizmente, moradores tiveram suas vidas interrompidas. No Complexo da Penha, Carlos André Vasconcelos da Silva, 35 anos, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas enquanto saia para o trabalho às 4:30 da manhã e acabou morrendo. Carlos era jardineiro e trabalhava na Zona Sul da cidade. Era casado e deixa 2 filhos.

// Matéria em Atualização //

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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