Se aos 12 anos, quando conversou com o Voz das Comunidades pela primeira vez, a jogadora de vôlei Lauany Sarah já demonstrava determinação para viver os sonhos no esporte, agora aos 15, ela está decidida sobre os próximos passos: ela almeja um futuro profissional digno de seu talento.
Cria do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, ela jogava na categoria mirim do Fluminense em 2022. Agora, em 2025, ela veste a camisa do Tijuca Tênis Clube. Em um bate-papo com o Voz, a atleta conta que encontrou no esporte um propósito que mudou completamente sua visão de futuro.
“Nunca pensei em conhecer o vôlei, né? Eu era uma lutadora de jiu-jitsu, mas agora nunca mais quero sair do vôlei. É a minha paixão real”, compartilha com brilho nos olhos.
No esporte de artes marciais, onde lutou dos 7 aos 11 anos, ela acumulou 25 medalhas. Agora no vôlei, são mais dez para a coleção. E não pense que Lauany não sabe o que deseja em seguida. “Quero jogar na Seleção Brasileira”, conta ela. Mesmo fora dos treinos, ela dedica seu tempo ao vôlei.
“Acho super legal o vôlei de areia. Sempre que vou, jogo com minha família, principalmente com meu primo, que adora jogar comigo”.
Apesar disso, atualmente ela enfrenta um desafio inesperado: a recuperação de uma lesão no joelho que a afastou das quadras. Há cerca de quatro meses, durante um treino, ela rompeu o ligamento cruzado ao aterrissar de um salto. “Minha mãe ainda vai ver outro especialista do joelho para decidir se vou precisar fazer fisioterapia antes ou depois da cirurgia“, explica, já planejando seu retorno.
Antes da lesão, a rotina era intensa. Dividindo o tempo entre a escola em período integral e os treinos, seu dia começava cedo e terminava tarde. “Eu ia direto para o treino depois da aula e só voltava para casa às 11 horas da noite. Era um caminho longo”, relembra. Apesar dos desafios, Lauany nunca abriu mão de boas notas, mesmo admitindo que a concentração às vezes era difícil.
E se há alguém que pode se definir a maior fã de Lauany Sarah, essa é a mãe dela. Myrtis Santos, de 46 anos, conta que os sonhos de suas filhas são o mesmo sonho que o dela. “Tudo o que ela faz no esporte, ela é muito boa. Se Deus quiser, o nosso sonho [na família] é ver ela seguir profissionalmente no esporte”, conta.
“Quero que minhas filhas vençam, onde quer que elas estejam, eu vou estar sempre presente para dar o meu melhor para elas”, diz a mãe orgulhosa.