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Historicamente criminalizado, importância do Funk como manifestação cultural será debatida no Senado 

O requerimento, feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE), foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH)
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Funk é resistência, cultura e História. Mas até hoje é alvo de discursos bastante rasos carregados de preconceito sobre sua origem. Agora, será debatida no Senado a importância do movimento como manifestação cultural popular, digna do cuidado e da proteção do poder público. O requerimento, feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE), foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Ainda não há data definida para a audiência.

Em entrevista ao site do Partido dos Trabalhadores, Humberto declarou: “O funk deve ser reconhecido perante a lei como manifestação da cultura popular, bem como seus artistas precisam ser vistos como agentes da cultura popular e que devem ter seus direitos respeitados e assegurados”.

Criminalização do Funk

Em 2007, o então Secretário de Estado de Segurança e arquiteto-chefe da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Polícia Militar, José Mariano Beltrame, assinou a Resolução 013. A medida proibia os bailes funk nas favelas do Rio de Janeiro, o que aumentou a repressão à cultura de favela. 

Em 2013, a resolução foi derrubada pelo governador em exercício na época, Sérgio Cabral. O anúncio foi feito após uma reunião com lideranças jovens de favela, como, por exemplo, Rene Silva, fundador do Voz das Comunidades.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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