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Grupos de dança se apresentam no Pintando7 e inspiram crianças

Street Flow e Na Ponta dos Pés encantam o público infantil com apresentações que inspiram e divertem
Foto: Yuri Moura / Voz das Comunidades

Entre as atividades do Pintando7, teve apresentações de grupos de dança do Complexo do Alemão. Ocupando o palco principal da festa, os grupos Street Flow e Na Ponta dos Pés fizeram bonito para o público do evento.

Anne Vitória, integrante do grupo Street Flow desde 2022, descobriu o projeto por meio do Voz das Comunidades e desde então não desgrudou da dança. “Eu amo muito participar desse projeto. Foi muito bom ver as crianças brincando e dançar para elas. Acho que a gente pode inspirá-las a se interessarem pela dança. Talvez até haja dançarinos escondidos aqui, que vão descobrir esse talento no futuro. Participar do Pintando7 é muito importante pra mim,” disse Anne, animada após sua apresentação.

Rafael Souza participa do grupo desde 2015 e é ‘mandou muito’ na frente do público. “Eu comecei com 6 anos vendo Michael Jackson. Sempre gosto muito de dança. Aí através do meu irmão mais velho, eu e minha irmã começamos a dançar. E foi muito bom!”

Ele detalha que é a terceira vez se apresentou no Pintando7 e, embora já esteja acostumado, parece ser sempre uma sensação nova ver a reação da criançada. “É muito bom ver as crianças com o brilho no olho! É o mesmo brilho que eu tinha no começo quando eu olhava pra eles dançarem”.

Já o grupo Na Ponta dos Pés, liderado por Tuane Nascimento, levou uma coreografia que emocionou o público. Para Tuane, o grupo representa a voz artística da comunidade, especialmente em um país onde fazer arte é um desafio constante. “Apresentar nossa arte para o nosso povo é o mais importante. Fazer arte e mostrar para a nossa galera dentro do Complexo é essencial para mim. E o Pintando7 permite que a nossa dança seja vista e apreciada, um espaço de lazer e alegria em meio às dificuldades,” compartilhou Tuane.

Para Paloma Soares, uma das integrantes do Na Ponta dos Pés, a sensação de se apresentar para o público foi muito expressiva. “Foi uma sensação muito boa, porque ver o sorriso no rosto das crianças é algo muito prazeroso. Digo isso porque é a nossa arte, a gente gosta de espalhar bastante e dar mais na favela, que é um lugar que não tem tanto incentivo, e a gente acaba florescendo.”

Além de inspirar as crianças, as apresentações dos dois grupos ressaltaram a importância de momentos de lazer e expressão artística para as famílias do Complexo do Alemão.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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