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Fios baixos são motivo de preocupação para moradores do Beco do Sabino, no Complexo do Alemão

Além da altura, moradores relataram que curtos são frequentes na região
Foto: Rafael Costa / Voz das Comunidades

É possível considerar a entrada do Beco do Sabino, dentro do Complexo do Alemão, como uma via de grande movimentação. De fato, cerca de 1.000 pessoas transitam pela região diariamente, se concretizando como um local importante no coração do Complexo do Alemão. No entanto, para quem vive a região, não basta de desviar de motos ou carros que passam por ali. Outra preocupação passou a fazer parte do cotidiano dos moradores: os fios baixos dos postes.

Quem vive e observa os riscos de descargas de energia, explosões nos postes e fios desencapados no chão é Dona Marlene, de 73 anos, moradora no Complexo do Alemão há 49. Mesmo na terceira idade, Dona Marlene trabalha numa pequena lanchonete, onde vende bolos, cafés, doces e salgados. O seu negócio fica dentro da própria casa e bem de frente para um dos postes que causam problemas. “Esses fios me incomodam. A mim, ao meu vizinho… Incomoda todo mundo, né? Perigoso”, comenta ela. Sobre atendimentos da Light no local, ela reclama. “Eles vêm, arrumam uma coisinha e depois vão embora. Mas depois de uma semana, por aí, já estoura tudo de novo”.

Dona Marlene tem seu negócio bem em frente a um poste que os fios estouram com frequência
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Basta virar a esquina da Dona Marlene para perceber o risco dos fios baixos dos postes. Batendo o olho, não dá pra diferenciar quais são as conexões de fibra ótica (internet) do que é energia elétrica, mas o que causa preocupação não é isso, mas sim a altura deles. “As vezes eles caem no chão e ficam um tempão aí. Aí pode ser de luz. Aí já viu, né?”, alerta Dona Marlene, que também chama a atenção para crianças que transitam pelo local quando vão e voltam da escola. “Deus protege elas bastante! Elas não tem medo. Mas é muito perigoso!”


Muitos moradores transitam pelo local e não é difícil de alcançar os fios que atravessam a região. Questionada se em épocas de chuvas a situação se complica, Dona Marlene detalha que “na chuva é tranquilo. Pelo menos nunca deu problema. Mas quando está muito quente, fica bem complicado. Quando estoura, todo mundo fica sem luz” relata ela que também aponta para a questão da sua lanchonete. “As coisas estragam na geladeira. Aí se pessoa vem e pede uma água gelada ou um refrigerante gelado, eu não tenho”.

E aí, Light?

Essa pergunta não é de hoje. Muitas das vezes, segundo relato de moradores, a concessionária acaba deixando de atendê-los de forma rápida. O Voz das Comunidades já registrou vários casos de falta de luz no Complexo do Alemão e muitas vezes, não obteve resposta. No Beco do Sabino, infelizmente não foi diferente. Após a reportagem, o contato foi feito com a Light, questionando sobre soluções temporárias e definitivas, não só para a região do Beco do Sabino como também para o Complexo do Alemão. Até o fechamento deste material, a concessionária não havia respondido.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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