A Fiocruz apresentou na última quarta-feira (18) os resultados de 2024 do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, durante um evento no MACquinho, em Niterói. A iniciativa, pioneira no país, impactou 500 mil pessoas desde sua criação, em 2020, promovendo ações integradas em 175 favelas de todo o estado.
Entre os destaques do Plano, estão 146 projetos apoiados por meio de seu terceiro edital, que destinou recursos de R$ 50 mil a R$ 500 mil para ações como construção de cozinhas comunitárias, consultórios psicoterapêuticos para mulheres e cursos de formação de jovens comunicadores. Desde o início, o programa distribuiu 500 toneladas de alimentos e realizou diversas intervenções sociais e de saúde.
Novas metas e avaliação
O evento contou com a presença de lideranças comunitárias, pesquisadores e representantes dos projetos beneficiados. O coordenador executivo do Plano, Richarlls Martins, destacou o foco nas metas para 2025, incluindo parcerias com secretarias municipais de saúde e a construção de um Plano Integrado de Comunicação Popular e Saúde nas Favelas.
Durante o encontro, também foi apresentada uma avaliação preliminar do Plano, realizada por pesquisadores da PUC-Rio e da UFRJ. Segundo Marcelo Tadeu Baumann Burgos, da PUC-Rio, a análise reforça o papel do programa na articulação entre o SUS e as demandas das favelas, abrangendo segurança alimentar, saúde mental e educação, entre outras áreas.
O evento reforçou o compromisso da Fiocruz e de suas parceiras em ampliar o alcance do Plano, consolidando-o como uma referência em saúde integral para as comunidades mais vulneráveis.