Falta d’água no morro Santa Marta é um dos problemas recorrentes da comunidade

Em meio à pandemia, moradores são os mais prejudicados pelo problema de abastecimento de água
Foto: Rodrigo Mascarenhas

Foto: Reprodução

Há mais de uma semana os moradores da comunidade Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, estavam sofrendo com a falta d’água. Em algumas partes da favela, o abastecimento está retornando, ainda que com dificuldade. Mas, quanto às outras partes, o problema persiste.

Os moradores reclamam que, por conta da falta d’água, são impossibilitados de fazer atividades domésticas, como lavar as roupas e também a louça. Sem falar que o Brasil vive em meio à pandemia ainda e, portanto, fica inviável sem água para manter a higiene de casa e a pessoal também.

Thiago Firmino, morador da Favela Santa Marta, fala que esse problema é recorrente. A bomba hidráulica que abastece a favela não funciona direito. “Antigamente o Santa Marta tinha duas bombas de água que funcionavam. Hoje nossas bombas estão sucateadas e agora só funciona uma para favela toda. Deveria ter uma fiscalização, manutenção e troca da bomba d’água”. Em seguida, o morador contabiliza os prejuízos que a favela sofre. “Imagina os comerciantes locais que trabalham com comida, com comércio geral e não tem água. Como fica? Como garantir o sustento?”, questiona Firmino.

Já a Maria Keila mora com seu filho e seu esposo e já não sabe mais o que fazer. “Tem sido muito difícil sem água. Tem dia que não tem água nem para fazer comida, nem para beber. A gente tem que comprar e é complicado demais”, diz a moradora.

Em nota, a CEDAE esclarece que identificou necessidade de reparo em equipamento que atende a localidade. O serviço foi concluído na manhã de ontem (09/02) e a bomba já está operando. O abastecimento, portanto, está sendo normalizado.

Compartilhe este post com seus amigos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

Contato:
[email protected]