“A Favela no debate global”, essa foi a frase mais repetida durante a cerimônia de inauguração do F20, que aconteceu neste segunda-feira, dia 08, na Casa Voz Vidigal, na Zona Sul do Rio. O evento é um fórum formado como uma resposta crucial à realização do G20, um encontro que reúne as nações mais poderosas do mundo, incluindo a União Europeia e a União Africana, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Diversas autoridades e personalidades de favelas estiveram presente na cerimônia do evento, que foi pensado e organizado por Rene Silva, Gabriela Santos e Erleyvaldo Bispo, entre eles Salvino Oliveira (JuvRio), Patrik Correa (RioTour), Thaiz Nascimento (Y20) e Renata Souza (Deputada Estadual).
Para Renata Souza, deputada estadual do Rio de Janeiro e cria do conjunto de favelas da Maré, essa iniciativa obriga o poder público a olhar para as favelas e periferias de maneira mais concreta, pensando em políticas públicas mais imediatas, mas que tenha efeito a longo prazo. “É importantíssimo o protagonismo do Voz, da juventude de outras favelas, mas mais que isso, da articulação entre os poderes locais. É uma ação super importante que marca historicamente a relação da favela com o poder público”, conta a deputada.
Durante o discurso de abertura, Rene Silva, fundador da ONG Voz das Comunidades e líder do F20, destacou que por mais que abertura tenha acontecido nesta segunda-feira, os encontros entre articuladores já está acontecendo há algumas semanas e que essas discussões vão acontecer no decorrer do ano para que se consiga entender e mapear as discussões que estão acontecendo dentro do G20 para assim, a favela consiga entender suas necessidades. “Quando começamos a pensar o F20, percebemos que os assuntos do G20 passam por assuntos que interessam a favela e mostram o quanto a favela é potência”.
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
O principal objetivo do F20 é proporcionar uma plataforma para as comunidades das favelas terem suas vozes ouvidas e suas preocupações abordadas no âmbito do G20. Isso é fundamental porque as questões enfrentadas por essas comunidades estão intrinsecamente ligadas aos desafios globais e à influência das políticas governamentais, sejam elas locais, regionais ou globais.