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‘Estamos clareando os becos’: projeto Arte d’cor Vidigal está deixando a favela mais colorida

O projeto de arte em colaboração com o turismo promove um mural no 314
Mural no 314. Foto: Reprodução

O mural artístico de 20 metros na rua Padre Italo Coelho, na rampa do 314, no Morro do Vidigal, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi finalizado nesta quarta-feira (17). A iniciativa foi coordenada pelo grafiteiro e artista Leandro Tick em parceria do Laelson, pintor e idealizador do projeto Arte d’ cor Vidigal que atua no território há 5 anos. O grande incentivador foi o turismo promovido pela moradora e guia local, Neusa Lima, que potencializou a ação levando 10 visitantes e doadores da intervenção artística no Morro.

O turismo de experiência por dentro da favela, fortaleceu a arte urbana, os turistas conheceram o Vidigal por dentro dos becos e vielas e a pintura proporcionou este encontro. Os visitantes tiveram um espaço reservado no muro para deixar suas expressões no Vidigal.

Mural 

“Nós gastamos 25 jets e um balde 18 litros de tinta, eles [os convidados] pagaram almoço, as tintas, a gente deixou um pouco do muro para eles pintarem”, conta o pintor Laelson. “A oficina foi finalizada com a participação deste convidados, foi bem bacana e o muro ficou lindo também!”, resume o artista Leandro Tick, responsável pelas articulações para o mural ganhar vida.

Leandro Tick – Foto: Reprodução/Impermanência

“Eu comecei este trabalho, com tintas que sobram dos clientes eu trago para a favela, becos e vielas, a minha vida é pintar. O beco é uma coisa escura, então a gente tem que jogar luz para nós mesmos, clarear os becos. A gente tem que cuidar da nossa comunidade! Foi aí que criou o projeto Arte d’cor Vidigal, eu fui à Associação de Moradores, conseguimos no cartório essa autorização, ia nas lojas pedir os restos de tintas para pintar os becos da favela”, complementa Laelson, idealizador do Arte d’cor Vidigal.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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