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Da comunidade Gardênia Azul para as plataformas digitais, conheça o rapper Kellvn

Com o seu álbum de estréia “CURA”, o artista versa sobre as vulnerabilidades sociais de um corpo negro LGBTQIA+ e favelado
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Com certeza, quando o assunto é resistência e transformação pessoal, a música torna-se uma das ferramentas artísticas mais potentes neste momento.

E, para o cantor Kellvn, de 24 anos, o gênero do rap é um dos responsáveis pelo seu processo de auto cura. Homem negro, LGBTQIA+ e da comunidade Gardênia Azul, ele traz em seus versos toda à superação enfrentada por ser um corpo que enfrentou e, ainda, enfrenta as vulnerabilidades sociais do Brasil.

Da Zona Oeste do Rio de Janeiro para todas as plataformas de digitais com o seu álbum de estreia “CURA”, o artista já mostrou a sua versatilidade no mundo trabalhando em diversas áreas, como professor de Geografia e vendedor de livros e cocadas na praia. Além disso, já encarou situações indesejáveis: a não aceitação da sua sexualidade por familiares e morar em um abrigo por questões relacionadas à dificuldade de se adequar ao mercado de trabalho.

Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Em sua trajetória, o rapper já conquistou reconhecimento de grandes eventos, como a Parada LGBTQIA+ Brasil e a WorldPride 2020. Essa última sendo considerada a maior parada do mundo. Com um trabalho composto por nove faixas, produzidas por Memê no Beat, Avilla e o DJ Betão, que já trabalham com artistas renomados ( ÀTTØØXXÁ, Nêssa e Derxan), ele explora a sua criatividade artística em cada música. “Vim pra contar minha versão da história,” afirma Kellvn.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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