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Cras: entenda a importância da atuação do serviço no Alemão

De forma gratuita, o Cras realiza o acompanhamento de famílias na comunidade

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

A chegada da pandemia do coronavírus no Brasil evidenciou a relevância da atuação de programas e serviços voltados para a área de Assistência Social na rotina dos moradores de favelas no Rio de Janeiro. Através de programas e serviços sociais, as famílias desses territórios, que já enfrentam um alto grau de vulnerabilidade por problemáticas sociais, como o pouco acesso às políticas públicas, recebem atendimento e orientação sobre assuntos e situações de interesse coletivo de forma gratuita. É nessa perspectiva de amparo às comunidades que o Centro de Referência da Assistência Social (Cras), no Alemão, tem atuado. 

Na companhia de profissionais capacitados e por meio do Cadastro Único (CADÚnico), moradores possuem acesso facilitado para orientações sobre benefícios sociais, apoio e acompanhamento nos relacionamentos familiares, orientações sobre casos de violência doméstica e outros serviços públicos. A diretora do CRAS do Alemão e assistente social, Cláudia Augusto, exemplifica os porquês da importância do Centro de Referência da Assistência Social no dia a dia da população local. 

“O Cras é uma unidade de proteção social básica do Suas (Sistema Único de Assistência Social), que tem por objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania”, detalha Cláudia. 

Além disso, a existência de um Cras no território indica a presença de um órgão de referência em Assistência Social e um meio de acesso da população aos programas sociais.  “Um bom atendimento precisa entender as demandas de uma determinada região. A existência do Cras permite isso. Com ele, é possível planejar ações que dependem de um bom conhecimento do território e das famílias que nele vivem, suas necessidades, potencialidades, bem como mapeamento da ocorrência das situações de risco e de vulnerabilidade social”, explica a diretora do Cras no Alemão.

Para Mayse Freitas, professora aposentada que atua no Grupo Alemão Solidário (GAS), que já colaborou em ações com o Centro de Referência da Assistência Social, o trabalho do Cras impacta em qualquer comunidade carioca. Pois, os papéis desempenhados influenciam em áreas essenciais, como Saúde e Educação. Mayse ainda destaca que o Cadastro Único dá entrada a outras iniciativas sociais, já que realiza uma coleta de dados e informações sobre as famílias de baixa renda existentes no país, facilitando a inclusão em programas sociais. 

“Nesse momento de pandemia, o Cras desempenha um trabalho essencial dentro de qualquer comunidade no Rio de Janeiro. Através do Cadastro Único (CADÚnico), é possível orientar as famílias sobre os benefícios do governo, como auxílio emergencial e bolsa família. São dois programas essenciais nesse período de instabilidade na renda das famílias, pois garantem uma renda mínima. Além disso, os serviços do Cras envolvem a área de Saúde porque as famílias precisam ter acompanhamento comprovado nas Clínicas de Família e, também, na Educação, pois os filhos precisam de frequência escolar para inscrição nesses programas”, explica. 

Neste período de pandemia, a Secretaria de Assistência Social Municipal implementou ações que visam não só o atendimento integral das famílias, como também responder às necessidades relacionadas à alimentação e higiene, e também iniciativas de controle do contágio do Coronavírus, com entregas de máscaras, kits de higiene e de cestas básicas para um público prioritário.O atendimento do Cras é de segunda à sexta-feira de 8h às 17h, com agendamento prévio.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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