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Conheça os artistas do Vidigal que se apresentaram no F20

Teve batalha de rima, músicas com os rappers da Síria e o evento fechou com a percussão quente do Vidiga na Social
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

O F20 veio com o propósito de trazer a favela para o debate global. E pensando no território e em dar visibilidade aos artistas locais, a programação oficial contou com poesia, shows, batalha de rima e muita percussão de pessoas da comunidade.

DaSíria

A produtora de música e o coletivo de rappers e MC’s, Da Síria, tem 4 anos de existência, produzindo muita música e artistas no Vidigal. “Somos artistas locais situados numa das regiões onde tempos atrás houveram grade número de conflitos e mortes, a Síria [região situada dentro do Vidigal]. Poder levar o nome desse espaço com um outro significado é muito importante pra nós, somos gratos por confiarem no nosso trabalho”, a Síria manifestou a importância do nome que carrega na história do Morro do Vidigal.

“Em nome da Síria, agradecemos a todos que organizaram o F20 por esse evento que tem uma pauta política muito importante. Além disso, nos sentimos muito honrados de fazer parte disso”, Tropa da Síria, DNPN, ou melhor dizendo, DaSíria.prod.

MVS

Arista MVS se apresentando no F20. Foto: Uendell Vinícius/Voz das Comunidades

O MVS é um artista que está na cena do rap com Slam e da música há 10 anos. O vulgo MVS é uma abreviação do nome feita pela sua mãe quando eu era criança. Marquinhos, como é conhecido pelos amigos, tem 22 anos, é natural da Curicica, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O artista sempre participou de batalhas de rima pela cidade e de eventos de slam. Depois passou a integrar ao coletivo de rap Da.Síria. Em 2019, gravou sua primeira música “Paris dos Trópicos”. Além disso, é estudante do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“Como poeta, foi muito gratificante recitar num evento como o F20, muito emocionante saber que meu avô chorou quando me viu na televisão!” a fala é do MVS, artista que foi o primeiro a se apresentar no F20, com sua poesia chamada “Ponto de quem vem de lá”, onde ele reflete sobre tudo que acontece dentro da favela.

Batalha da Califórnia

A Batalha da Califórnia existe desde 2015, e já mudou de lugares diversas vezes, atualmente, está na Laje do Visão, lugar situado na Rua 3 (Major Toja Martinez Filho) e acontece aos sábados juntando MC’s, rappers e artistas no Morro do Vidigal.

“Isso aqui é Rap que acontece no Vidigal, a gente tem a Batalha da Califórnia. Queria trazer aqui hoje, a oralidade. O poder da fala e o poder deste debate [F20], queria muito a importância o rap e o hip-hop, e a história dos MC’s eles trabalham com a oralidade. Tragam esses MC’s pros discursos porque eles estão dialogando com a favela. Pensando no recorte, em África, são nossos griôs e nossas griotes que transmitem conhecimento pela oralidade. Eles são os favelados que dialogam com os favelados, através da cultura e entretenimento. Por isso, muito respeito ao rap e ao hip hop.” disse Ayesca, organizadora da Batalha da Califórnia.

Vidiga na Social

O Vidiga na Social é uma ONG e que atua também como um coletivo de percussão para crianças e adolescentes do Morro do Vidigal. Ele surgiu em 2012. As aulas de percussão começaram em 2019 e acontecem no terceiro andar da Casa Voz Vidigal. “Foi bem legal participar do evento do F20, foi muito bem organizado, tratando de temas super importantes para o nosso dia a dia da comunidade, combate à pobreza, acesso a água, crise climática, com coisas que a gente convive no dia a dia”, retratou Fábio Luiz, gestor do Vidiga na Social.

Ele mostra os impactos dos temas debatidos e também ressalta como a ONG combateu grandes problemas na comunidade: “Nós, do Vidigal, tivemos um problema com a crise climática. Fomos afetados com as fortes chuvas em 2019.” Ele também cita o enfrentamento à fome no período da pandemia. “O Vidiga na Social teve à frente e fez ações para a comunidade”, reflete sobre momentos difíceis enfrentados dentro do Vidigal.

O Vidiga na Social fechou o F20 com uma apresentação das crianças do projeto. “Foi importantíssimo para a gente encerrar esse evento com o samba o samba vem das comunidades, o samba é resistência, o samba é potência, foi muito bom mesmo, muito importante para o projeto encerrar esse belíssimo evento”, comemorou Fábio.

Vidiga na Social se apresentou no F20
Foto: Igor Albuquerque/Voz das Comunidades

Articulações artísticas

As intervenções artísticas se tornaram possíveis no F20 através de muito trabalho de articulação da equipe organizadora. Por meio dos contatos de movimentos culturais criam-se redes e neste sentido, a favela vai ganhando força. A proposta de trazer a cultura do Morro do Vidigal serve para mostrar espaço e participação. O objetivo da Casa Voz do Vidigal é que a comunidade se sinta em casa.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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