“Sustentabilidade Tá On” foi o nome dado ao projeto anual de sustentabilidade da Unidade Escolar GET Vila Kennedy, localizada da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O projeto foi planejado juntamente com toda a equipe escolar como uma continuidade da ação realizada no ano anterior na escola baseado na cultura maker e seus pilares chamado InventAção. Adriana Barbosa, coordenadora do GET Vila Kennedy, conta que um dos pilares da cultura maker é a sustentabilidade e desde o ano passado a escola tem desenvolvido ações sustentáveis com grande adesão da comunidade escolar. “Planejamos para 2024 dar foco ao pilar da sustentabilidade, continuando iniciativas que já fazíamos e agregando outras com novos parceiros”, explica a coordenadora.
É o caso da parceçqria com o Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, com o PET Floresta da UFRRJ e com o Replantando Vida – programa socioambiental da CEDAE. Adriana explica que essas parcerias surgiram por intermédio de professores da escola que realizaram o contato com essas instituições e abraçaram o me projeto. “Nosso projeto é dividido em quatro pilares: sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural. E essas instituições prontamente realizaram atividades de conscientização e plantio com nossos alunos”, conta a coordenadora.
Na escola da Vila Kennedy, o projeto de sustentabilidade está sendo realizado em todos os seguimentos e, de acordo com a coordenadora, tem grande aceitação entre os alunos. A escola faz a reutilização dos matérias e uso de materiais não estruturados que iriam para o lixo com novos usos. Além do espaço ter se tornamos ponto de coleta de óleo usado em parceria com a Biomax e com o projeto Recreação Sustentável, que procurou a unidade escolar com a proposta do GET Vila Kennedy ser ponto de coleta de óleo e, como forma de troca, este óleo se transforma em pontos que serão trocados por recreação para os alunos. “Desde o ano passado, nós recolhemos latinhas para reciclagem, realizamos o brechó com roupas arrecadadas com toda a comunidade escolar, onde o dinheiro é totalmente revertido para realização da festa do dia das crianças, incentivando a economia sustentável”, conta Adriana.
Além da utilização de materiais recicláveis, a unidade possui sua própria horta escolar, onde em parceria com a agente ambiental municipal, a escola planta temperos que são utilizados na merenda escolar. Adriana conta que os alunos se envolveram totalmente com o projeto e que o retorno tem sido muito gratificante. “Para mim é de suma importância que a escola pública traga o conceito de sustentabilidade para próximo da nossa população periférica, pois muitas vezes pode parecer que sustentabilidade é algo distante ou até mesmo um discurso intelectualizado de difícil aplicabilidade, porém quando mostramos aos nossos alunos e seus responsáveis que ações simples, do cotidiano da favela, como reaproveitamento dos objetos dando a eles novos usos podem fazer a diferença, tudo isso vira o potencial sustentável da favela. É também trazer a discussão para conscientização de pontos sensíveis que precisam ser debatidos como o descarte correto para os resíduos, a conservação das margens dos rios, entre outros”.