Em cerimônia realizada na última segunda-feira (27), a vereadora Mônica Cunha , prestou homenagem a mais de 160 comunicadores, produtores de conteúdo, dramaturgos, fotógrafos, cineastas e veículos de imprensa engajados na produção de uma comunicação alternativa e antirracista, com foco especial nas favelas e periferias.
O evento, que ocorreu no auditório da Associação Brasileira de Imprensa, fez parte das celebrações do Dia da Consciência Negra e trouxe à luz o trabalho essencial realizado por esses profissionais durante a pandemia de 2020.
Além do Voz das Comunidades, diversos veículos e profissionais foram reconhecidos, incluindo portais renomados como Cultne TV, Notícia Preta, Portal Favelas, Alma Preta, Mídia Ninja, Redes da Maré, Site Mundo Negro e Fala Manguinhos. Personalidades como o ator Jonathan Azevedo, o jornalista Marcos Valentim, o dramaturgo Jonathan Raimundo, a primeira roteirista negra a fechar contrato com a Disney, Maíra Oliveira, e o jornalista e ator Adalberto Neto também foram homenageados.
Durante o evento, um dos jornalistas destacou o desafio enfrentado no Brasil, um país marcado pelo racismo: “Às vezes parece que a gente não vai vencer porque o Brasil é um país muito racista, mas a gente vai continuar resistindo e isso aqui valoriza, faz a gente saber que está no caminho certo, dá um gás”.
A historiadora e produtora cultural Pamela Carvalho ressaltou a importância de apresentar uma narrativa alternativa sobre as populações negras, especialmente as das favelas. “É uma homenagem para mostrar quem estava lutando pelas pessoas nas favelas na pandemia em 2020. São esses os comunicadores que emprestaram os seus celulares para arrecadar cestas básicas para as pessoas não morrerem de fome, então a gente tem que homenageá-los”, afirmou.
A noite foi marcada por discursos e pela celebração do comprometimento de comunicadores em dar voz às comunidades, contribuindo significativamente para a construção de uma narrativa mais inclusiva e antirracista.