Desde a última semana, os moradores da favela do Jacarezinho convivem com o sentimento constante de medo e receio pela presença da estratégia falha de poder e ocupação das forças policiais do Estado do Rio de Janeiro.
Sem escutar as lideranças comunitárias e especialistas em segurança pública nas comunidades, o atual governador Cláudio Castro iniciou a ação Cidade Integrada, que reprisa o passo a passo de repressão à população local e de violação dos Direitos Humanos utilizados no planejamento da UPP, como a invasão aos domicílios.
Em meio a este cenário de aflição, os moradores tentam evitar que suas residências sejam invadidas pelos policiais, colocando placas e bilhetes nas portas de casa identificando suas profissões, o horário do expediente e suplicando para os agentes não violarem seu lar. No dia 22 deste mês, um vídeo de uma casa invadida ganhou grande proporção nas redes sociais do Jornal Voz das Comunidades. Nele, o morador registra, desesperado, a condição da sua moradia.
De acordo com a Constituição Federal, todos os cidadãos brasileiros possuem o direito de integridade física e moral. Porém, o contexto instaurado pela ação do Governo carioca demonstra que a população favelada não desfruta das mesmas garantias.
Logo após a instauração desse clima hostil na comunidade, mais especificamente três dias depois, o governador Claudio Castrou reuniu-se com as lideranças comunitárias e com os moradores para debater as demandas locais. Porém, o programa que começou no dia 19 de janeiro e sem metas divulgadas aos secretários do Governo, conforme revelou a reportagem do O Globo, “ocupa“ o território do Jacarezinho.