Um grande problema dos aplicativos de delivery é conseguir funcionar dentro das favelas. Há um tempo atrás a favela era vista somente como esse espaço de entregadores. Hoje em dia, essa percepção mudou e já é um local com empreendedores.
Em um evento recente que aconteceu em São Paulo, o CEO do Ifood, Diego Barreto falou um pouco sobre esse desafio e prometeu melhorar o desempenho do app dentro das favelas.
Ele explica que, diferente do que muitos pensam, a rede whatsapp não é a maior concorrente do Ifood, pois o whastapp é um “tomador de pedidos”. “É um canal complementar. A pessoa gosta daquele pão de queijo específico, ela vai direto ali”, explica o CEO.
Ele conta que o maior concorrente do Ifood nas favelas é a densidade. Se o aplicativo não tiver muitas pessoas pedindo ao mesmo tempo da mesma localidade, o Ifood não consegue pagar o valor que o entregador merece. Por isso existe um vazio do app nas favelas. “Como eu remunero o entregador vendendo somente uma latinha de refrigerante? Eu preciso sair do mesmo restaurante com 10 pedidos entregando no mesmo quarteirão. Essa é a minha maior dificuldade e o meu maior concorrente”, conta Diego.
Ele explica que a favela hoje é uma via de começar a digitalizar a relação entre empreendedores favelados e os aplicativos. O que o Ifood espera, a longo prazo, é que esse processo de digitalização da favela gere densidade, para assim poder oferecer mais serviços via delivery e exportar o que existe dentro da favela.