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Carnaval 2025: Liga RJ promoveu mini desfiles da série ouro e ações sustentáveis na Cidade do Samba, no último sábado (7)

'Esquenta Carnaval' comemora o lançamento do álbum de sambas enredos de 2025 da série ouro com mini desfiles e diversas ações sustentáveis como moda sustentável e coleta seletiva.
Foto: S1 Fotografia e Comunicação / @s1fotografiaecomunicacao

No último sábado (7) as 16 escolas de samba da série ouro riscaram o chão da Cidade do Samba, na Região Central da cidade, e apresentaram um show em forma de carnaval. 

O evento, chamado ‘Esquenta Carnaval’, foi criado com o intuito de, assim como no grupo especial, apresentar mini desfiles aos foliões presentes e também comemorar o lançamento do álbum da Liga RJ com os sambas do carnaval 2025. 

Para Hugo Junior, presidente da Liga RJ, o evento é uma oportunidade de aproximar os apaixonados pelo Carnaval e promover uma festa acessível. “O ‘Esquenta Carnaval’ não é apenas uma prévia do desfile, mas uma grande celebração da cultura popular e da força das comunidades que constroem o samba. Tornar o evento gratuito é um compromisso da Liga RJ em valorizar quem ama o samba e tornar essa festa acessível a todos. Queremos que o público sinta a energia do carnaval desde já e celebre conosco” afirmou o presidente.

E a festa começou cedo, já as 16h Tradição e Botafogo Samba Clube abriram os trabalhos, marcando a chegada na série ouro. Logo em seguida foi a vez do Arranco de Engenho de Dentro, escola da Zona Norte do Rio, que vai levar para a Sapucaí em 2025 o enredo ‘Mães que Alimentam o Sagrado’. 

União do Parque Acari foi a quarta a colorir a pista da Cidade do Samba. Representando todo o Complexo de Acari, na Zona Norte do Rio, a escola vai celebrar em seu enredo de 2025 o violão como um ícone da cultura brasileira, explorando sua evolução desde um instrumento das elites até seu papel central nas festas populares, nas romarias, e na cultura sertaneja e caipira.

Logo em seguida foi a vez das agremiações Em Cima da Hora, Ponte e Bangu. Seguida pelo Acadêmicos de Vigário Geral, Niterói, União da Ilha, Inocentes de Belford Roxo e São Clemente. A missão de encerrar a noite ficou com a União de Maricá, Porto da Pedra, Estácio e Império Serrano.

Sustentabilidade no Carnaval

O grande diferencial do evento ficou por conta das diversas ações voltadas para a sustentabilidade que a Liga RJ realizou na Cidade do Samba durante o ‘Esquenta Carnaval’. Coleta seletiva, ações voltadas a moda sustentável, conscientização sobre o uso abusivo de álcool, serviços relacionados ao bem-estar e a saúde, conscientização sobre o combate a violência contra a mulher foram algumas delas.

Para Diego Carbonell, diretor de sustentabilidade da Liga RJ, o carnaval tem um potencial muito orgânico e muito natural de conscientizar as pessoas sobre as questões ambientais. “A gente vai implantando alguns movimentos como a parte de coletiva seletiva, a parte social de saúde e bem-estar, de forma que as pessoas naturalmente tenham contato com esse tema, e a gente aos poucos vai conscientizando os foliões da importância desse avanço”.

De acordo com Diego, todas essas ações são um teste para o que foi planejado para os desfiles da série ouro, na Sapucaí. “Aqui é só um esquenta de fato. A gente tem algumas ações pensadas para o ensaio técnico e também para o desfile voltado tanto no pilar ambiental, social e também pós carnaval, na parte de governança, a parte de relatórios e compromissos também”. Ele conta que o principal objetivo é conscientizar as pessoas da importância da responsabilidade social e ambiental. “Acho que é uma forma da gente aproximar o público que é mais vulnerabilizado nessa parte ambiental, climática, social, mas também mostrar para as empresas o impacto do Carnaval para além da parte cultural, mostrar indicadores, números que potencializam esse contato com as empresas”.

Moda Sustentável

E quando o assunto é moda sustentável, quem chegou junto nas ações foi Lohanne Tavares, figurinista, estilista e diretora criativa.  A estilista é especialista em moda sustentável e foi percebendo como existiam resíduos têxtil e como isso impactava o meio ambiente. “Eu já gostava de reaproveitar muitas coisas, então eu pensei, agora eu vou unir a moda e o reaproveitamento. E assim começaram vários projetos e hoje eu fechei com o Carnaval e está sendo um projeto muito incrível, muito potente também porque todo esse material iria para o lixo e poder dar uma nova história aqui para esse resíduo e transformar em novas fantasias é muito incrível”, conta Lohanne. 

Foto: Samantha Millan / Voz das Comunidades

Combate à violência contra a mulher

Além de serviços como manicure, pedicure e trancistas, a Secretaria de Estado da Mulher também esteve presente no evento levando conscientização no combate à violência contra a mulher.  “A gente entende que o enfrentamento precisa ser desenvolvido através de diferentes frentes, em especial a prevenção. E, por isso, as campanhas. São campanhas voltadas para a conscientização e para o espaço público, para o espaço onde as mulheres estão, onde estão as comunidades, onde estão as famílias, onde os vínculos são criados. Precisam estar onde as pessoas estão, onde as mulheres estão, onde os homens estão, para trazer essa mensagem. Não é não, respeite a decisão e criar, sim, uma rede de proteção no Estado para apoiar as mulheres quando elas precisarem”, conta Giulia Luz, Superintendente de Enfrentamento às Violências na Secretaria de Estado da Mulher. 

Ela conta que, hoje, existem 53 Centros Especializados de Atendimento à Mulher e que são equipamentos que fazem atendimento a longo prazo, para apoiar a mulher em todo o processo de saída do ciclo da violência, com atendimento multidisciplinar, psicólogas, advogadas, assistentes sociais, garantindo que essa mulher seja acompanhada para que ela possa romper o ciclo e viver uma vida digna e livre de violência. “A gente está aqui na Cidade do Samba para isso, para divulgar e para dizer: mulheres, vocês não estão sozinhas, a Secretaria de Estado da Mulher está com vocês. A gente quer dizer que o lugar de mulher é onde ela quiser. O lugar de mulher é no samba, o lugar de mulher é no esporte, o lugar de mulher é onde ela esteja se divertindo, feliz e ocupando espaço público”, completa Giulia. 

É o carnaval mostrando que é muito mais que samba e que também pode ser serviço e informação unido a muita diversão e celebração.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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