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Caretas Criativas: Conheça a oficina que levou criatividade e tecnologia para crianças e adultos de favelas da Zona Norte

'Caretas Criativas' une criatividade e tecnologia para desenvolver máscaras com leds, levando saber teórico e empírico para moradores
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Hoje é o último dia das Caretas Criativas. Desde o dia 2 de março está rolando muita teoria, prática, tintas e luzes na oficina do ‘Pipas Labs’, que aconteceu em três unidades diferentes da Nave do Conhecimento – Alemão, Engenhão e Penha, sendo todos bairros da Zona Norte do Rio. A ideia era desenvolver máscaras com leds, envolvendo um processo criativo que misturava o saber teórico e empírico. Sem limite de idade, a oficina envolveu quase 90 crianças, adolescentes, jovens adultos e idosos.

“O que é criatividade?” foi a primeira pergunta para uma das alunas, que respondeu “criar algo”. “E o que é tecnologia?” foi a que complicou a criança. Ela, como a maioria de nós, pensou em celulares e computadores. “Na verdade, é tudo que facilita a nossa vida, podendo ser da natureza ou criação humana”, disse Edlene Conrado, pedagoga em formação e arte educadora. 

Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Edlene Conrado, pedagoga em formação e arte educadora
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Edlene explicou que ‘Caretas Criativas’, para além de aproximar, é para desenvolver a criatividade através da tecnologia. “Acredito numa educação que envolva inovação. A tecnologia tem que estar dentro da favela para o desenvolvimento mental e motor das crianças”, ressaltou ela. 

Na primeira aula, uma demonstração empírica é feita para que vejam como é possível obter tecnologia através de coisas simples do dia a dia, como um lápis. É explicado que até o grafite é um condutor de energia, fazendo com que o led se acenda sem bateria. Essa foi uma das descobertas que impressionou Carlos Eduardo, de 20 anos, que entrou na oficina por acaso e após o primeiro dia, logo se inscreveu.

Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Carlos Eduardo, 20 anos, foi parar na oficina sem querer
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

“Tá sendo ótimo porque aprendi bastante, como a história e o significado das máscaras. Juntar arte e tecnologia funciona muito, mas me solto mais na parte tecnológica, porque nem sempre sei me expressar através da arte; tem um monte de emoção dentro de mim”, disse o jovem morador do Alemão, que é artista e estava com todo o seu material personalizado com seus desenhos.

Claudia Benett, fundadora do Pipas LAbs, comenta: “A perspectiva dessa oficina é criar uma máscara iluminada que reflete a você. Então a gente guia mas deixa deixa livre também. Não tem ponto para dividir a máscara. Uma metade ou um lado, é um autorretrato. Aí o outro lado é uma pintura de coisa na vida que eles gostam, seja uma ideia que eles querem comunicar, palavras que elas gostam, livros… Qualquer coisa”.

Ela conta ainda que a oficina tem como missão, em geral, distribuir esses kits de tecnologia criativa na nas periferias. “Entender a capacidade da tecnologia para criar algo novo e qual é o processo de imaginar uma ideia, desenvolver essa ideia e a técnica para poder realizá-la”, disse.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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